Em meados dos anos 1960, o Mustang estava fazendo enorme sucesso e dando muita audiência para a Ford. A GM também queria ter parte dessa glória e por isso iniciou o projeto Panther, que seria o rival do cavalinho de Dearborn.
A chamada à imprensa foi feita de forma inusitada, com telegrama convidando para reservar o dia 28 de junho de 1966, dizendo que eles eram convidados a “eliminar as panteras do mundo automotivo”, que era o significado da sigla SEPAW, sociedade que havia entrado em contato com os jornalistas.
Na verdade era a GM e na reunião, pela primeira vez uma teleconferência para 14 cidades americanas via telefone, a Chevrolet revelou que todos os presentes eram membros fundadores daquela sociedade e que era a primeira e última reunião do grupo.
Então, como General Motors, a empresa revela um carro de nome estranho: Camaro. O significado do nome para a montadora era camarada, como um carro deveria ser para seu dono. No mesmo ano, o bólido já estava na rede Chevrolet. Camaraderie significa algo como amizade e boa vontade de amigos dispendidos um ao outro, especialmente quando convivem juntos, em inglês.
Essa primeira geração do Camaro é interessante porque não foi feita apenas nos EUA. Bélgica, Filipinas, Peru, Suíça e Venezuela também montaram o pony car. Como era comum na época, o Chevrolet veio com carrocerias cupê e conversível, além de uma enorme gama de motores, mais do que os níveis de acabamento.
A primeira geração do Chevrolet Camaro durou apenas três anos, mas a segunda ficou 11 anos no mercado americano. Com linhas mais elegantes, essa geração do muscle car é muito conhecida e chama atenção pela grade proeminente, capô bem longo e inexistência de janelas traseiras. Ele foi ganhando spoilers e defletores de ar até assumir um perfil realmente aerodinâmico em 1982.
Na terceira geração, que durou 10 anos, o Chevrolet Camaro surfou num estilo que era mais atraente que o Mustang da época, sendo muito parecido com o Pontiac TransAm (preto) da série de TV Knight Rider (A Super Máquina, no Brasil).
Com faróis quase ocultos pela carroceria, o bólido era muito bonito e chegou a ser usado até como viatura de polícia na Califórnia. Seu estilo era tão jovem, fluído e leve, que ele parecia menor do que o anterior, mas em realidade era até maior. Por causa da Crise do Petróleo, seus motores foram reduzidos para quatro cilindros 2.5, V6 2.8 e 3.1, além de V8 5.0 e 5.7, algo que seria comum ainda hoje.
Enquanto o Mustang mergulhava do quadrado para o extremamente boleado, que não agradou ninguém nos anos 1990, a New Age da GM foi menos emotiva e mais focada na performance. Por isso a quarta geração do Camaro tem uma fluidez visual que encanta, exceto o facelift de 1999.
Mantendo os faróis duplos em molduras pretas, a carroceria era bem aerodinâmica e inspirava velocidade. Ainda maior, o modelo teve V6 3.4 e 3.8, bem como três tipos de V8 5.7. Foi o maior de todas as gerações do Chevrolet.
Mas então, o Camaro mergulhou no limbo. Após 2002 não houve sucessão e o clássico da Chevrolet ficou quase oito anos longe do consumidor. Para voltar, a GM simplesmente “transformou” seu produto, começando seu retorno pelas telas de cinema com o filme Transformers e o personagem Bumblebee.
Só que a montadora tinha planos bem maiores para seu carro e eles iam além dos EUA. Com visual muscular, cor amarela chamativa e um olhar agressivo, que nunca existiu no modelo, o Camaro voltou com disposição.
Equipado com motor V6 3.6 (dois tipos) e V8 6.2 (três diferentes foram usados), o Chevrolet Camaro da quinta geração ainda trouxe um V8 7.0 para a versão Z/28. Com o filme, a novidade ganhou o mundo e se tornou celebridade e diversas partes do mundo.
No Brasil não foi diferente e até música sertaneja entrou na onda (Camaro Amarelo, de Munhoz e Mariano), mas do Camaro em si e não do filme. Para as crianças (meninos e meninas), ele era o Bumblebee. Então, eis que a GM decide “acabar” com a importação independente do modelo com o lançamento oficial no país, em 2010.
A popularização do Camaro não era bem vista pelo fabricante, que reforçou o portfólio com a versão conversível. Equipado com motor V8 6.2 de 406 cavalos, o Chevrolet musculoso rapidamente subiu de preço, mas ainda assim não era considerado um esportivo caro como os alemães.
Foi a primeira vez que uma marca americana trazia um pony car oficialmente ao Brasil, visto que nos anos 1970, a Chrysler vendeu os Dodge com motor V8 5.2 (318) e a Ford tinha o Maverick V8 5.0, mas eram de categorias diferentes.
A sexta geração surgiu em 2015 e mudou o Camaro da água para o vinho. Com perfil mais agressivo ainda e aerodinâmico, o Chevrolet muscle car adicionou mais cavalos, pulando para 461 cavalos e um câmbio de oito marchas.
Mas, a principal mudança realmente foi em condução, sofisticação e acabamento, que passaram a ser mais primorosos e oferecendo diversas opções de personalização de desempenho, antes não vislumbradas.
Em recente facelift, o bólido ficou ainda mais esportivo e moderno, mas o mais importante foi a adição do câmbio automático de 10 marchas, o mesmo do Mustang, igualando-se com o eterno rival da Ford.
O Chevrolet Camaro 2019 é um cupê ou conversível com linhas bem musculosas e expressivas, especialmente na parte frontal, onde os faróis full LED ficam escondidos em um espaço com LEDs diurnos e repetidores de direção.
A grade é proeminente, enquanto o para-choque é volumoso e tem entradas de ar laterais triangulares. A parte central possui aberturas maiores na parte inferior.
Na versão conversível, o Chevrolet Camaro 2019 traz rodas de 20 polegadas com acabamento em preto brilhante, diferente das novas rodas de raios duplos e detalhes diamantados da versão cupê. Por dentro, o ambiente sofreu uma enorme repaginada, ganhando um padrão mais premium e menos convencional, como era o anterior.
O Chevrolet Camaro foi o primeiro muscle-car vendido de forma oficial por uma fabricante no mercado brasileiro. Após a sua chegada, no final de 2010, o mercado de superesportivos sofreu uma reviravolta e não era muito raro encontrar um exemplar do Camaro nas ruas, sobretudo com pintura na cor amarela e listras pretas na carroceria.
(Fonte: Notícias Automotivas - Autor: Ricardo de Oliveira)
Importante:
Camaro não é uma marca e sim um modelo de carro. Sua marca é Chevrolet e está sob o guarda-chuva da GM. Mas, o blog Origemdasmarcas optou por citá-lo, tendo em vista sua importância e sua história.
A chamada à imprensa foi feita de forma inusitada, com telegrama convidando para reservar o dia 28 de junho de 1966, dizendo que eles eram convidados a “eliminar as panteras do mundo automotivo”, que era o significado da sigla SEPAW, sociedade que havia entrado em contato com os jornalistas.
Na verdade era a GM e na reunião, pela primeira vez uma teleconferência para 14 cidades americanas via telefone, a Chevrolet revelou que todos os presentes eram membros fundadores daquela sociedade e que era a primeira e última reunião do grupo.
Então, como General Motors, a empresa revela um carro de nome estranho: Camaro. O significado do nome para a montadora era camarada, como um carro deveria ser para seu dono. No mesmo ano, o bólido já estava na rede Chevrolet. Camaraderie significa algo como amizade e boa vontade de amigos dispendidos um ao outro, especialmente quando convivem juntos, em inglês.
Essa primeira geração do Camaro é interessante porque não foi feita apenas nos EUA. Bélgica, Filipinas, Peru, Suíça e Venezuela também montaram o pony car. Como era comum na época, o Chevrolet veio com carrocerias cupê e conversível, além de uma enorme gama de motores, mais do que os níveis de acabamento.
A primeira geração do Chevrolet Camaro durou apenas três anos, mas a segunda ficou 11 anos no mercado americano. Com linhas mais elegantes, essa geração do muscle car é muito conhecida e chama atenção pela grade proeminente, capô bem longo e inexistência de janelas traseiras. Ele foi ganhando spoilers e defletores de ar até assumir um perfil realmente aerodinâmico em 1982.
Na terceira geração, que durou 10 anos, o Chevrolet Camaro surfou num estilo que era mais atraente que o Mustang da época, sendo muito parecido com o Pontiac TransAm (preto) da série de TV Knight Rider (A Super Máquina, no Brasil).
Com faróis quase ocultos pela carroceria, o bólido era muito bonito e chegou a ser usado até como viatura de polícia na Califórnia. Seu estilo era tão jovem, fluído e leve, que ele parecia menor do que o anterior, mas em realidade era até maior. Por causa da Crise do Petróleo, seus motores foram reduzidos para quatro cilindros 2.5, V6 2.8 e 3.1, além de V8 5.0 e 5.7, algo que seria comum ainda hoje.
Enquanto o Mustang mergulhava do quadrado para o extremamente boleado, que não agradou ninguém nos anos 1990, a New Age da GM foi menos emotiva e mais focada na performance. Por isso a quarta geração do Camaro tem uma fluidez visual que encanta, exceto o facelift de 1999.
Mantendo os faróis duplos em molduras pretas, a carroceria era bem aerodinâmica e inspirava velocidade. Ainda maior, o modelo teve V6 3.4 e 3.8, bem como três tipos de V8 5.7. Foi o maior de todas as gerações do Chevrolet.
Mas então, o Camaro mergulhou no limbo. Após 2002 não houve sucessão e o clássico da Chevrolet ficou quase oito anos longe do consumidor. Para voltar, a GM simplesmente “transformou” seu produto, começando seu retorno pelas telas de cinema com o filme Transformers e o personagem Bumblebee.
Só que a montadora tinha planos bem maiores para seu carro e eles iam além dos EUA. Com visual muscular, cor amarela chamativa e um olhar agressivo, que nunca existiu no modelo, o Camaro voltou com disposição.
Equipado com motor V6 3.6 (dois tipos) e V8 6.2 (três diferentes foram usados), o Chevrolet Camaro da quinta geração ainda trouxe um V8 7.0 para a versão Z/28. Com o filme, a novidade ganhou o mundo e se tornou celebridade e diversas partes do mundo.
No Brasil não foi diferente e até música sertaneja entrou na onda (Camaro Amarelo, de Munhoz e Mariano), mas do Camaro em si e não do filme. Para as crianças (meninos e meninas), ele era o Bumblebee. Então, eis que a GM decide “acabar” com a importação independente do modelo com o lançamento oficial no país, em 2010.
A popularização do Camaro não era bem vista pelo fabricante, que reforçou o portfólio com a versão conversível. Equipado com motor V8 6.2 de 406 cavalos, o Chevrolet musculoso rapidamente subiu de preço, mas ainda assim não era considerado um esportivo caro como os alemães.
Foi a primeira vez que uma marca americana trazia um pony car oficialmente ao Brasil, visto que nos anos 1970, a Chrysler vendeu os Dodge com motor V8 5.2 (318) e a Ford tinha o Maverick V8 5.0, mas eram de categorias diferentes.
A sexta geração surgiu em 2015 e mudou o Camaro da água para o vinho. Com perfil mais agressivo ainda e aerodinâmico, o Chevrolet muscle car adicionou mais cavalos, pulando para 461 cavalos e um câmbio de oito marchas.
Mas, a principal mudança realmente foi em condução, sofisticação e acabamento, que passaram a ser mais primorosos e oferecendo diversas opções de personalização de desempenho, antes não vislumbradas.
Em recente facelift, o bólido ficou ainda mais esportivo e moderno, mas o mais importante foi a adição do câmbio automático de 10 marchas, o mesmo do Mustang, igualando-se com o eterno rival da Ford.
O Chevrolet Camaro 2019 é um cupê ou conversível com linhas bem musculosas e expressivas, especialmente na parte frontal, onde os faróis full LED ficam escondidos em um espaço com LEDs diurnos e repetidores de direção.
A grade é proeminente, enquanto o para-choque é volumoso e tem entradas de ar laterais triangulares. A parte central possui aberturas maiores na parte inferior.
Na versão conversível, o Chevrolet Camaro 2019 traz rodas de 20 polegadas com acabamento em preto brilhante, diferente das novas rodas de raios duplos e detalhes diamantados da versão cupê. Por dentro, o ambiente sofreu uma enorme repaginada, ganhando um padrão mais premium e menos convencional, como era o anterior.
O Chevrolet Camaro foi o primeiro muscle-car vendido de forma oficial por uma fabricante no mercado brasileiro. Após a sua chegada, no final de 2010, o mercado de superesportivos sofreu uma reviravolta e não era muito raro encontrar um exemplar do Camaro nas ruas, sobretudo com pintura na cor amarela e listras pretas na carroceria.
(Fonte: Notícias Automotivas - Autor: Ricardo de Oliveira)
Importante:
Camaro não é uma marca e sim um modelo de carro. Sua marca é Chevrolet e está sob o guarda-chuva da GM. Mas, o blog Origemdasmarcas optou por citá-lo, tendo em vista sua importância e sua história.
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