Ao chegar ao Brasil, em 26 de outubro de 2010, o empresário alemão Malte Horeyseck, nascido em 1981, trazia na memória apenas um punhado de lembranças da época em que havia passado férias em cidades como Rio de Janeiro e Salvador, três anos antes. Horeyseck sabia muito pouco sobre o país e menos ainda sobre suas empresas. Para ele, Capodarte, Dumond ou Azaleia não passavam de palavras quase impronunciáveis - que teve de aprender na marra para criar do zero a loja online de calçados Dafiti.
Logo que chegaram a São Paulo, ele e os três sócios - o também alemão Malte Huffmann, o francês Thibaud Lecuyer e o brasileiro Philipp Povel (qua há 20 anos morava na Alemanha) - alugaram um escritório de 20 metros quadrados na zona sul da cidade, onde ficaram por dois meses disparando telefonemas para os maiores fabricantes de sapatos.
Como toda a empresa que parte do nada, a Dafiti nasceu da improvisação. Horeyseck, Huffmann, Lecuyer e Povel sabiam o que queriam do negócio, mas não tinham um nome para ele. A ideia era ter algo que pudesse ser usado em qualquer lugar do mundo, sem problemas de direito autoral. Eles decidiram, então, pedir sugestões a amigos e funcionários. As ideias deveriam ser enviadas ao e-mail do primeiro estagiário do site, Daniel Fitipaldi. Como e e-mail do rapaz era "danifiti" - e nenhuma outra sugestão passava pelo crivo dos advogados - o quarteto resolveu ficar com Dafiti, variação do endereço eletrônico do estagiário.
A fundação ocorreu em janeiro de 2001. A operação começou a ganhar corpo em maio seguinte, com o lançamento oficial do site. Com mais de 500 banners espalhados pela internet, a empresa passou a ser assediada por fabricantes - a lista de espera de lojistas passou a ser longa. Em pouco mais de seis meses, a Dafiti já contava com mais de 140 marcas de calçados no catálogo e decidiu antecipar em um ano a entrada no segmento de roupas.
Com dados de dezembro de 2011, a empresa tinha 300 marcas disponíveis, 25.000 produtos no portfólio, 700 funcionários e 400 milhões de reais de faturamento.
Em 2015, a Dafiti adquire a startup Kanui, fundada por Bruno Henriques, que assumiu a vice-diretoria de inteligência artificial da Movile em outubro de 2018.
Em meados de 2017, o cofundador Malte Horeyseck decide deixar a Dafiti, controlada pelo Global Fashion Group (CFG), para iniciar um novo negócio: Grupo Lar, com foco no e-commerce de móveis.
Mas Horeyseck acabou ficando na empresa e como vice-presidente de marketing e compras, comemora o aumento de lucro de 3º trimestre de 2019. Um dos motivos é a inclusão no catálogo de marcas americanas, como Polo Ralph Lauren, Banana Republic e Gap. Horeyseck explica que a estratégia da empresa se baseia em três pilares: portfólio completo, navegação personalizada e a melhor experiência de compra. Após um investimento de 50 milhões de reais em tecnologia no centro de distribuição em Minas Gerais, os consumidores poderão retirar produtos em um dos 7.000 pontos de entrega no Brasil.
A Dafiti é o maior grupo de comércio eletrônico de moda da América do Sul.
(Fonte: revista Exame 28.12.2011 / jornal Valor international edition - 01.08.2017 / ÉpocaNegócios - 20.02.2019 / Exame - 27.11.2019 - partes)
Logo que chegaram a São Paulo, ele e os três sócios - o também alemão Malte Huffmann, o francês Thibaud Lecuyer e o brasileiro Philipp Povel (qua há 20 anos morava na Alemanha) - alugaram um escritório de 20 metros quadrados na zona sul da cidade, onde ficaram por dois meses disparando telefonemas para os maiores fabricantes de sapatos.
Como toda a empresa que parte do nada, a Dafiti nasceu da improvisação. Horeyseck, Huffmann, Lecuyer e Povel sabiam o que queriam do negócio, mas não tinham um nome para ele. A ideia era ter algo que pudesse ser usado em qualquer lugar do mundo, sem problemas de direito autoral. Eles decidiram, então, pedir sugestões a amigos e funcionários. As ideias deveriam ser enviadas ao e-mail do primeiro estagiário do site, Daniel Fitipaldi. Como e e-mail do rapaz era "danifiti" - e nenhuma outra sugestão passava pelo crivo dos advogados - o quarteto resolveu ficar com Dafiti, variação do endereço eletrônico do estagiário.
A fundação ocorreu em janeiro de 2001. A operação começou a ganhar corpo em maio seguinte, com o lançamento oficial do site. Com mais de 500 banners espalhados pela internet, a empresa passou a ser assediada por fabricantes - a lista de espera de lojistas passou a ser longa. Em pouco mais de seis meses, a Dafiti já contava com mais de 140 marcas de calçados no catálogo e decidiu antecipar em um ano a entrada no segmento de roupas.
Com dados de dezembro de 2011, a empresa tinha 300 marcas disponíveis, 25.000 produtos no portfólio, 700 funcionários e 400 milhões de reais de faturamento.
Em 2015, a Dafiti adquire a startup Kanui, fundada por Bruno Henriques, que assumiu a vice-diretoria de inteligência artificial da Movile em outubro de 2018.
Em meados de 2017, o cofundador Malte Horeyseck decide deixar a Dafiti, controlada pelo Global Fashion Group (CFG), para iniciar um novo negócio: Grupo Lar, com foco no e-commerce de móveis.
Mas Horeyseck acabou ficando na empresa e como vice-presidente de marketing e compras, comemora o aumento de lucro de 3º trimestre de 2019. Um dos motivos é a inclusão no catálogo de marcas americanas, como Polo Ralph Lauren, Banana Republic e Gap. Horeyseck explica que a estratégia da empresa se baseia em três pilares: portfólio completo, navegação personalizada e a melhor experiência de compra. Após um investimento de 50 milhões de reais em tecnologia no centro de distribuição em Minas Gerais, os consumidores poderão retirar produtos em um dos 7.000 pontos de entrega no Brasil.
A Dafiti é o maior grupo de comércio eletrônico de moda da América do Sul.
(Fonte: revista Exame 28.12.2011 / jornal Valor international edition - 01.08.2017 / ÉpocaNegócios - 20.02.2019 / Exame - 27.11.2019 - partes)
Um comentário:
estava curiosa para saber a origem do nome Dafiti, nunca pensei que fosse o nome de um estagiário.
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