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6 de out. de 2011

Equatorial Energia

          A Brisk Participações S.A. (nome anterior da Equatorial) foi constituída em 16 de junho de 1999 pela PPL Global para participar do leilão de privatização da Companhia Energética do Maranhão (CEMAR). A privatização foi concluída após um ano da constituição da Companhia que ainda era controlada de forma indireta pela PPL Global LLC.
          A Equatorial, mesmo tendo recebido esse nome, teve sua primeira empresa, a Cemar, em estado localizado um pouco ao sul da linha do Equador: Maranhão. A segunda empresa de seu portfólio, a Celpa, esta sim, fica em estado atravessado pela linha do Equador: Pará.
          A antiga CEMAR após a privatização foi denominada Equatorial Maranhão e em 2001 já apresentava um sério problema econômico-financeiro e com isso sofreu com intervenção da ANEEL. Em 2002, a GP Investimentos coordenou o processo de reestruturação da companhia, negociou com os credores e estruturou o processo de capitalização e renegociou as dívidas. Em 2004, a ANEEL aprovou o processo e a GP Investimentos adquiriu a Equatorial Maranhão.
          A empresa reúne experiências bem sucedidas na recuperação da Cemar, a Companhia Energética do Maranhão S.A., empresa de comercialização e distribuição de energia elétrica, fundada em 1958, e da Celpa, a Centrais Elétricas do Pará, empresa de geração e distribuição de energia, fundada em 1962, empresas que estavam financeiramente quebradas.
          Em 2005, a GP Investimentos, atual 3G negociou com a PCP Latin America Power Fund Ltda. para investir na Equatorial. Em 2006 a Aneel aprovou o acordo que permitiu a nova composição acionária, sendo que a PCP ficou com 50% das ações votantes. No mesmo ano foi realizado o IPO da companhia na B3 com free float de 56,8%.
          Em 2007, após mais uma reestruturação, a PCP passou a controlar a Equatorial Energia Holdings LLC com planos de expandir os seus negócios para as demais regiões do Brasil. Em 2008, a holding foi incorporada pela PCP Energia Participações S.A. e com isso passou a deter 13% de participação na Light S.A.. Ainda em 2008 a holding adquiriu 25% de participação na Geramar (Geradora de Energia do Norte) – termoelétricas. A holding passou a ser do grupo de controle da Light Rio e pertencente a GP Investimentos, atual 3G.
          No ano de 2011 a holding expandiu o seu campo de atuação ao adquirir 51% do capital da Sol Energias – comercializadora de energia. Já em 2012 a Equatorial Pará foi adquirida pela holding via contrato de compra e venda de ações. No mesmo ano, a holding aumentou seu capital via follow-on e teve uma captação líquida de R$ 1,1 bilhão de reais.
          Em 2015, 100% das ações da companhia passaram a circular no mercado acionário tendo a Squadra Investimentos seu principal acionista com 15% das ações totais. Nos dois anos seguintes a holding passou a atuar também no ramo de transmissão ao vencer o leilão da Aneel por 8 lotes de transmissão nos estados do Pará, Piauí, Bahia e Minas Gerais.
          Em 2017 a holding adquiriu 51% do capital da empresa Intesa – transmissora de energia que possui linhas no Tocantins e Goiás. Os outros 49% foram adquiridos no ano seguinte, 2018.
          Em julho de 2018, a Equatorial venceu o leilão da Cepisa, distribuidora da Eletrobras no Piauí, tendo sido a única proponente. A empresa passou a ser chamada de Equatorial Piauí.
          A Equatorial arrematou a última distribuidora de energia que ainda estava sob o guarda-chuva da Eletrobras. Em leilão realizado na tarde do dia 28 de dezembro de 2018, comprou a Ceal - Companhia Energética de Alagoas, ao ofertar um Índice Combinado de Deságio na Flexibilização Tarifária e Outorga igual a zero. A empresa passou a denominar-se Equatorial Alagoas.
          O grupo foi o único a ofertar uma proposta pela distribuidora alagoana, assim como ocorreu quando levou a Cepisa. A empresa já vinha se preparando para esse momento "há muito tempo" para os aportes de capital que terá de fazer na Ceal, da ordem de R$ 545,77 milhões, e também na Cepisa, de R$ 721 milhões.
          Em 31 de março de 2021, a Equatorial Energia venceu o leilão de privatização da distribuidora de energia elétrica CEEE-D, controlada pelo governo do Rio Grande do Sul, ao apresentar a única em pregão realizado na bolsa paulista B3. A empresa ofereceu 100 mil reais pela elétrica, o dobro do valor mínimo definido pelo ativo, de 50 mil reais. O resultado surpreendeu, uma vez que analistas viam a CPFL Energia (SA:CPFE3), da chinesa State Grid, como a grande favorita na disputa, embora também esperassem uma possível participação da Equatorial no certame. Em meio a dificuldades financeiras, a CEEE-D acumulava, em junho de 2020, 3,38 bilhões de reais em dívidas por ICMS junto ao governo estadual. Serão 1,6 bilhão de reais investidos ao longo da concessão, e o ICMS voltará a ser recolhido pelo Estado. O lance simbólico pelo ativo se justifica pelas dívidas que a Equatorial assumirá, cerca de R$ 4,2 bilhões. Segundo o CEO Augusto Miranda, com essa aquisição a companhia deverá alcançar quase 10 milhões de clientes.
          Em 25 de junho de 2021, a Equatorial Energia venceu o leilão de privatização da Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA), responsável pela distribuição de energia no Estado do Norte do país.
A CEA opera atualmente por meio de concessão provisória, atendendo cerca de 830 mil habitantes.
Como vencedora, a Equatorial deverá responder por R$ 3 bilhões de investimentos pelo período de 30 anos. A companhia, no certame, fez a única oferta pela CEA, que foi adquirida por um valor simbólico. O novo controlador, porém, terá de assumir passivos precificados em cerca de R$ 1 bilhão. Para a Equatorial, a CEA seja um ativo pequeno, com um upside limitado. 
          No setor de geração de energia, a Equatorial tem uma presença tímida, com apenas uma participação de 25% na Geramar (esta participação foi vendida em 2021), responsável pela implementação e operação da planta no Maranhão, com uma capacidade total instalada de 332 megawatts.
          Em 2 de setembro de 2021, a Equatorial Energia saiu vencedora do leilão da concessão para prestação dos serviços de saneamento básico no estado do Amapá. É a primeira inserção da empresa de energia no setor de saneamento. O consórcio para o leilão foi formado com a SAM Ambiental, que terá 20% do novo negócio.
          Em 19 de outubro de 2021, a Equatorial Energia fechou acordo para aquisição de fatias remanescentes na Solenergias Comercializadora de Energia e de sua controlada Helios Energia Comercializadora e Serviços por R$ 47 milhões.
          Em 28 de outubro de 2021, o grupo Equatorial vence disputa acirrada pela geradora eólica Echoenergia, empresa especializada em projetos de geração de energia elétrica de fontes renováveis, com portfólio já operacional no Nordeste de mais de 1 GW. O valor no negócio foi de R$ 6,7 bilhões e a empresa entra no setor de energia limpa. A compra foi do Ipiranga Fundo de Investimento em Participações Multiestratégia, e representa 100% das ações do capital social da Echoenergia Participações. 
          Em setembro de 2022, a Equatorial Energia chegou a um acordo com a Enel Brasil para comprar a Celg Distribuição (Celg-D) por R$ 1,57 bilhão em dinheiro. A Equatorial se comprometeu a não fechar o capital da distribuidora por um ano e a reestruturar empréstimos de R$ 5,71 bilhões da Celg-D.
          O grupo tem sido um dos principais consolidadores do setor de distribuição de energia no país, com sete concessionárias atuando nas regiões Sul, Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Em 2022, avançou em energias renováveis com o desembolso de R$ 7 bilhões pela Echoenergia. No segmento de transmissão de energia, conta com novos ativos operacionais e 3,2 mil quilômetros de linhas.
          Em 20 de dezembro de 2023 a Equatorial Energia finalizou o processo para vender cerca de 28,9 milhões de ações que detinha em tesouraria. A companhia vendeu os papéis em mercado ao longo dos últimos meses e levantou aproximadamente R$ 991 milhões.
(Fonte: Wikipédia / jornal Valor 26.07.2018 / Estadão - 28.12.2018 / Dicadehoje Research - 31.03.2021 / Valor - 01.04.2021 / 10.06.2021 / Infomoney/Reuters - 25.06.2021 / Capital Aberto - 04.09.2021 / Valor - 19.10.2021 / 29.10.2021 / Dica de Hoje - 09.06.2022 / Valor - 23.09.2022 / 05.09.2023 / 21.12.2023 - partes)

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