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31 de out. de 2011

Ave Maria (revista) / Editora Ave-Maria

          O nome da primeira revista mariana do Brasil é tão simples, mas tão belo, que converge com a história do periódico publicado pela primeira vez no dia 28 de maio de 1898. A primeira edição da Revista Ave Maria foi para a tipografia com quatro páginas e foram impressos 300 exemplares, dedicada à Imaculada Virgem Mãe de Deus, cabeça da Igreja. A Editora Ave-Maria nasceu simultaneamente à revista, mas foi formalizada um pouquinho depois, bem no início do século XX.
          Numa época de transição da forma de governo no Brasil, com a queda da Monarquia (1822-1889) e a proclamação da República (1889), resultando no fim da lei do Padroado (que considerava o Estado "oficialmente católico"), instaurou-se a laicização do Estado brasileiro, despertando na Igreja, por meio das dioceses, congregações, paróquias e associações católicas, a necessidade da criação de uma imprensa católica séria e capaz de responder às críticas então recebidas de órgãos, escritores e defensores do Estado liberal, mas também de permitir à Igreja recriar-se junto aos cristãos.
          É nesse cenário de conversão e perseverança que nasceu a Revista Ave Maria, fundada por três paroquianos da Igreja do Imaculado Coração de Maria, cujo pastoreio está aos cuidados da Congregação dos Missionários Filhos do Imaculado Coração de Maria (claretianos), desde 1897, no centro de São Paulo (SP). A Congregação dos claretianos nasceu na Catalunha no ano de 1849, fundada pelo padre (Santo) Antônio Maria Claret (1807-1870).
          Esses heróis que tentaram opor uma barreira à impressiva subversiva e anticristã eram o comendador Tiburtino Mondin Pestana, subsecretário do Ministério do Interior, Manuel Recco e d. Maria Junker Alves.
          Um ano após a fundação da revista, os custos dificultaram a sua publicação por parte de seus fundadores, fazendo com que a responsabilidade do periódico fosse transferida aos missionários claretianos que, ao assumirem-na trataram de difundi-la, ampliá-la e adequá-la aos novos tempos.
          A primeira publicação da Editora Ave-Maria foi a Revista Ave Maria (1898). Mas a editora possui um vasto catálogo com mais de mil títulos publicados: livros de liturgia, mariologia e teologia, que iniciam e aprofundam o conhecimento de estudantes, professores, leigos, religiosos, sacerdotes e demais estudiosos e pesquisadores; livros com temas destinados à pastoral e à evangelização; além de temas destinados à espiritualidade, autoajuda, novenas, devoções e obras gerais e de uma série de livros com o pensamento do papa Francisco.
          Considerando dados de abril de 2018, o padre Luís Erlin é o autor com o maior número de obras publicadas e ativas, com dezesseis títulos publicados e mais de meio milhão de livros vendidos.
          Padre Roque Vicente Beraldi, cmf, é um dos arquivos vivos tanto da editora quanto da revista. Nascido em 1922 e tornado sacerdote em 1947, já desempenhou diversas funções nas obras da congregação. Desde 1999 é o responsável pelos artigos publicados na seção "Maria na devoção popular".
          Redator e auxiliar do diretor da Ave Maria de 1957 a 1962, período em que a publicação era semanal, padre Aury Brunetti foi responsável por três seções fixas: o "Santo da Semana", o "Comentário do Evangelho", do domingo seguinte, e o apreciado "Consultório popular". Para ele, o maior legado da revista é a doutrina católica com ortodoxia: "Sem pretensão de ser uma novidadeira, de grandes manchetes, e sim o dia a dia da Igreja, mas sempre muito fiel".
          Faz-se importante ressaltar que padre Aury foi casado por 45 anos com Maria Aparecida Décourt (1915-2010), neta de Manuel Recco, um dos fundadores da revista. Aury foi ordenado diácono permanente em 1972 e presbítero em 2011.
          Em tempos de proliferação das fake news (notícias falsas) na internet, a Revista Ave Maria mantém a conduta de valorizar notícias que agregam valores humanos e cristãos, com toda a credibilidade adquirida em mais de 120 anos. A revista já tem sua versão digital, mas continuará com a impressa, enquanto necessário, para leitores que assim preferirem.
(Fonte: Revista Ave Maria - Maio de 2018 - parte)

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