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4 de out. de 2011

Porto Real

          O grupo Porto Real atua em setores diferentes como fabricação de refrigerantes e laticínios. Foi fundado no final da década de 1950 e tem sua base de atuação em Resende no Rio de Janeiro. Opera também em outros municípios da região, mas é em Resende que tira a maior parte de seu faturamento. Não se tem notícia se o nome Porto Real foi em homenagem ao distrito do mesmo nome, que foi emancipado a município em 1995.
          Em 1980, assume os negócios da família o executivo Luiz Eduardo Monteiro da Costa, Lula, após o afastamento do pai, Renato Monteiro da Costa, morto em 1988.
          Lula passou a olhar para além das fronteiras de Resende. Em 1993, ele estreou em duas novas atividades. A primeira é a de fast food, como um dos participantes do consórcio que traria a Domino's Pizzas para o Brasil. A outra é a área financeira. Em dezembro de 1992 o grupo criou o Banco Porto Real.
          A caça a novos negócios o levou a descobrir que o empresário colombiano Jorge Uribe, franqueado da Domino's em seu país, desejava trazer a rede para o Brasil. O Porto Real já possuía três fábricas da Coca-Cola, uma participação de 10% no capital da Kaiser e um laticínio. Uma cadeia de pizzarias combinava com esses setores. O Porto Real tornou-se o maior acionista brasileiro da Domino's, com 17,5% do capital. O restante ficou dividido entre Uribe, com 30%, e o empresário Bill Taylor, dono da Domino's na Argentina, que ficou com 25%, além de outros sócios minoritários. O investimento total dos sócios foi de 40 milhões de dólares, mas não se esperava retorno em menos de cinco anos.
          Na área financeira o Porto Real não teve de esperar tanto tempo. A agência piloto do banco, em Resende, é toda informatizada. Mais quatro agências foram inauguradas no primeiro semestre de 1993 em cidades do Vale do Paraíba.
          O grupo foi agregando novos negócios ao longo dos anos. Passou a ter revendedoras de automóveis e caminhões, construtoras, fazendas e até emissoras de rádio. Lula não segue os manuais de administração moderna, que preconizam o enxugamento de estruturas. O grupo empregava, em meados de 1993, 2.800 funcionários. Praticamente não demitia ninguém e o sucesso, segundo Lula, "baseia-se em funcionários com até 25 anos de casa, que têm muita experiência para compartilhar."
          Lula também descartava um dos cânones da gestão de então, a concentração numa só atividade. Quando a família tentou, errou. No início dos anos 1960 duas cheias do Rio Paraíba do Sul destruíram uma fábrica de beneficiamento de açúcar, a primeira investida do grupo na região. Para pagar os prejuízos e mudar para o ramo de refrigerantes Renato Monteiro da Costa teve de vender sua participação no extinto Banco Continental.
(Fonte: revista Exame - 04.08.2019) 

Um comentário:

Anônimo disse...

Engraçado não ter notícias sobre Porto real em lugar nenhum, pelo tamanho de seu território e sua g grande significância para a região. Até historiadores dizem que a história de Porto real foi inventada!