O Moinho Curitibano foi construído em 1949 no bairro do Bacaxeri, em Curitiba, pelo empresário Pedro Nicolau.
Todo dia, às 6 horas da manhã, o apito da caldeira tocava, mas não era aviso do início da jornada de trabalho. Funcionava como despertador para todos os que moravam nas proximidades. Uma hora depois, sim, é que começava a chegar na Rua Nicarágua o exército de homens e mulheres em vestes brancas para fabricar farinha, farelo, macarrão Ouro Verde e bolacha Muriz, que iam para todos os cantos do Paraná.
Uma média de 25 toneladas de cereal eram moídas por dia na área de 7 mil metros quadrados de terreno, segundo Marcelo Sutil, da Fundação Cultural de Curitiba. "Era tanto caminhão estacionado nas ruas do entorno que a gente nem conseguia caminhar" lembra a costureira Ilma Nunes Alves, nascida em 1940 e uma das mais antigas moradoras da região.
Reza a lenda que o fundador Pedro Nicolau teve que ir até o Rio de Janeiro para pedir autorização das Forças Armadas para construir o edifício. É o que conta o vendedor Amilton Molinari, nascido em 1939, que trabalhou no moinho e mora nas redondezas. Mesmo com a altura do prédio interferindo no corredor aéreo do aeroporto do Bacaxeri, Nicolau conseguiu a autorização. Até hoje o edifício de três pavimentos é um dos mais altos do bairro.
O moinho foi fechado em 1999. Hoje (2016), Sérgio Santos, nascido em 1951, é o guardião emérito de boa parte da história do moinho. Seu pai, Antonio Santos, nascido em 1920, foi um dos responsáveis por construir o edifício da fábrica. E, naturalmente, o pai levava o pequeno guri do Boa Vista para passar os dias brincando no moinho. Cresceu, tomou gosto pela atividade do pai e trabalhou em diferentes departamentos da empresa.
Sem predicados arquitetônicos que o habilite para tornar-se patrimônio protegido, o moinho é cobiçado por investidores imobiliários. O Bacaxeri já perdeu seu moinho.
(Fonte - jornal Gazeta do Povo - 26.10.2016 - parte)
Todo dia, às 6 horas da manhã, o apito da caldeira tocava, mas não era aviso do início da jornada de trabalho. Funcionava como despertador para todos os que moravam nas proximidades. Uma hora depois, sim, é que começava a chegar na Rua Nicarágua o exército de homens e mulheres em vestes brancas para fabricar farinha, farelo, macarrão Ouro Verde e bolacha Muriz, que iam para todos os cantos do Paraná.
Uma média de 25 toneladas de cereal eram moídas por dia na área de 7 mil metros quadrados de terreno, segundo Marcelo Sutil, da Fundação Cultural de Curitiba. "Era tanto caminhão estacionado nas ruas do entorno que a gente nem conseguia caminhar" lembra a costureira Ilma Nunes Alves, nascida em 1940 e uma das mais antigas moradoras da região.
Reza a lenda que o fundador Pedro Nicolau teve que ir até o Rio de Janeiro para pedir autorização das Forças Armadas para construir o edifício. É o que conta o vendedor Amilton Molinari, nascido em 1939, que trabalhou no moinho e mora nas redondezas. Mesmo com a altura do prédio interferindo no corredor aéreo do aeroporto do Bacaxeri, Nicolau conseguiu a autorização. Até hoje o edifício de três pavimentos é um dos mais altos do bairro.
O moinho foi fechado em 1999. Hoje (2016), Sérgio Santos, nascido em 1951, é o guardião emérito de boa parte da história do moinho. Seu pai, Antonio Santos, nascido em 1920, foi um dos responsáveis por construir o edifício da fábrica. E, naturalmente, o pai levava o pequeno guri do Boa Vista para passar os dias brincando no moinho. Cresceu, tomou gosto pela atividade do pai e trabalhou em diferentes departamentos da empresa.
Sem predicados arquitetônicos que o habilite para tornar-se patrimônio protegido, o moinho é cobiçado por investidores imobiliários. O Bacaxeri já perdeu seu moinho.
(Fonte - jornal Gazeta do Povo - 26.10.2016 - parte)
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