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6 de out. de 2011

Cohiba

          O Cohiba, charuto preferido de Fidel Castro, nasceu oficialmente em 1966, resultado da escola criada pelo ditador para ensinar às mulheres o ofício de enrolar charutos.
          No fim de 1965 a escola formou as primeiras charuteiras e em 1966 foram produzidos os Lanceros, o primeiro formato da marca Cohiba, que mediam 19,2 centímetros de comprimento por 1,5 de diâmetro.
          O nome da marca foi escolhido por Celia Sánchez Manduley, combatente da guerrilha de Sierra Maestra e principal auxiliar de Fidel Castro. Ela buscou o nome na história da ilha. Os marinheiros da esquadra de Cristóvão Colombo encontraram os primeiros índios fumando rolos feitos das folhas de uma planta chamada Cohiba.
          Os primeiros Cohiba, no entanto, são um pouco mais velhos. Em 1963, Fidel experimentara um charuto de formato diferente, oferecido pelo chefe da guarda pessoal, Bienvenido Pérez Salazar. O "puro" nem nome tinha. Era feito por um tabaqueiro amigo de Salazar, chamado Eduardo Rivera Irizarri. O aroma e o formato, mais fino que os existentes na época, impressionaram Fidel, que desde então não trocou de charuto.
          Com o passar dos anos, os Lanceros ganharam a companhia de outros formatos, como os Coronas Especiales, o Exquisitos e o Panetelas, todos consumidos por Fidel Castro e pela elite que fazia parte do governo. Em 1982, os Cohiba passaram a ser vendidos na Espanha e ganharam dois novos formatos, o Esplendidos e o Robustos. Em 1992, para comemorar os 500 anos de descobrimento de Cuba, foi lançada a linha Siglo com cinco novos formatos: o Cohiba Siglo I, Siglo II, Siglo III, Siglo IV e Siglo V, que representam os cinco séculos do descobrimento.
          O Cohiba pode ser considerado um adolescente se comparado a outros charutos, como o Romeo y Julieta (1866) e Partagas (1846). Mesmo assim, desperta paixões entre seus fumadores, que o distinguem como um Rolex ou uma Ferrari.
(Fonte: revista Exame - 16.05.2001)  

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