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30 de out. de 2011

Banco N26

          O banco digital alemão N26 foi fundado pelos empreendedores Valentin Stalf e Maximilian Tayenthal em 2013. O produto, porém, só foi lançado em 2015.
          Pelo aplicativo, é possível colocar e administrar cartões com pagamentos internacionais sem taxas, pela bandeira Mastercard; colocar limites de gasto; realizar saques; e fazer transferências nacionais e internacionais. Segundo o site da fintech, criar uma conta leva oito minutos.
          O N26 afirma que o Brasil é o próximo passo lógico para sua estratégia de expansão, com o objetivo de alcançar 100 milhões de clientes globalmente nos próximos anos. O país é o quarto maior mercado de internet no mundo, com 87 milhões de usuários nos smartphones.
          Depois de conquistar a União Europeia, o N26 está de olho no mercado brasileiro. O anúncio foi feito no Mobile World Congress (MWC), o maior evento da indústria móvel e que acontece neste ano em Barcelona (Espanha). A primeira expansão seria para os Estados Unidos, no primeiro semestre de 2019, e o Brasil viria logo depois.
          A concorrência maior no Brasil seria para o Nubank, que ganharia seu primeiro concorrente de peso que não está na categoria de bancos tradicionais. A N26, assim como a fintech dos cartões roxinhos, é uma instituição financeira que aposta nos millenials e em uma operação completamente móvel. 
          Quem assume a operação no Brasil é Eduardo Prota, que fundou a startup de caronas Tripda, aconselhou negócios como a gigante de agricultura Monsanto e o aplicativo de transações Social Bank e liderou a plataforma de inovação aberta da empresa de pagamentos Cielo. Segundo Prota, o N26 vai oferecer um pacote de "serviços bancários acessíveis", tudo via dispositivos móveis.
          O banco digital alemão ainda precisa de uma licença do Banco Central para oferecer tais serviços no Brasil. Enquanto isso não acontece, procura uma instituição financeira local. É um esquema similar ao da startup de pagamentos Neon, ligada ao Banco Votorantim.
          No início de 2021, o Banco Central concedeu autorização de funcionamento para a N26 Sociedade de Crédito Direto, que terá sede em São Paulo (SP) e capital social de R$ 2,008 milhões. Os controladores são os fundadores da fintech, os austríacos Maximilian Tayenthal e Valentin Stalf. Quase dois anos depois de anunciar que viria para o Brasil, o banco digital alemão finalmente desembarcou por aqui.
          No Brasil, o N26 é liderado por Eduardo Del Guerra Prota, que tem passagens por Cielo e Santander e trabalha na constituição do banco por aqui desde 2019. No ano passado, ele disse que o banco aqui operaria em um modelo de oferta que engloba conta digital e produtos próprios ou de parceiros.
          Em fins de 2021 o N26 chega ao Brasil. Dará início à fase de testes em novembro, com operações previstas para o primeiro semestre de 2022. O Brasil é o 26º país a contar com os serviços da N26, e o primeiro a ter uma operação independente. A lista de espera já conta com quase 200 mil inscritos.
          Considerando dados de fevereiro de 2019, o N26 possui 2,3 milhões de clientes em 24 mercados europeus. Esses consumidores possuem mais de um bilhão de euros em suas contas, transacionando 1,5 bilhão de euros mensalmente. Em toda sua história, o N26 transacionou mais de 20 bilhões de euros.
          O N26 possui cerca de 8 milhões de clientes pelo mundo, e está presente em 25 países.
          Em 7 de novembro de 2023, vem a público que o N26 vai encerrar as operações no Brasil. Em comunicado aos clientes publicado no site, a fintech afirma que a saída do mercado local está relacionada à decisão de focar em mercados europeus.
          “Neste momento, a N26 decidiu encerrar a operação no Brasil como parte da estratégia da empresa de focar nos mercados chave europeus”, afirma o texto.
          O aplicativo da fintech funcionará até o dia 7 de dezembro, e até lá, a empresa orienta que os clientes paguem as faturas em aberto dos cartões de crédito, retire o saldo das contas e inclusive recomenda que busque outras fintechs para depositar o dinheiro.
          Em nota divulgada no mercado europeu, o banco afirma que quer fortalecer a posição como o principal banco digital da Europa. “Versões piloto do produto brasileiro do N26 foram testadas com clientes selecionados através de uma lista de espera a partir de novembro de 2021, mas nunca foram lançadas para o público geral”, afirma o texto.
          Dados da consultoria SensorTower compilados pelo Bank of America mostram que, em setembro, o N26 tinha 49 mil usuários ativos no Brasil, um número 39% menor que o do mesmo mês de 2022. A título de comparação, o Nubank tinha 56,2 milhões de usuários ativos no mesmo mês, e o PicPay, 24,2 milhões.
          O N26 queria trazer ao país a ideia de “fincare”, ou seja, uma fintech que ajuda os clientes a tomarem conta da própria vida financeira. Havia serviços de consultoria virtual, além de uma ferramenta de separação de recursos em diferentes pastas de acordo com objetivos, hoje adotada pelos maiores nomes do mercado, como o Nubank e o PicPay.
          No mundo, o N26 tem mais de 8 milhões de clientes, divididos entre 24 países. Desde a criação, em 2013, o banco digital levantou US$ 1,8 bilhão (o equivalente a R$ 8,8 bilhões) em recursos através de investidores privados.
          No Brasil, o N26 operava sob uma licença de sociedade de crédito direto (SCD), que permite a concessão de crédito, mas não a captação de depósitos. O banco afirma que os funcionários da operação brasileira poderão se candidatar a vagas em aberto nas unidades europeias.
          A partir de 7 de dezembro de 2023, os cartões dos clientes foram cancelados. Para a retirada de todo o dinheiro da conta, os clientes terão o prazo de até o dia 18 de dezembro. O aplicativo continuará funcionando normalmente por um período para que os clientes possam retirar o dinheiro e pagar faturas.
(Fonte: Exame.com - Mariana Fonseca - 28.02.2019 / Valor Investe - janeiro 2021 / 19.04.2023 /IstoÉDinheiro - 07.11.2023 / Valor - 07.12.2023 - partes)

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