O supermercado Futurama foi fundado em 1992 pelo sírio Elias Habka, e se tornou uma das principais redes de supermercados da capital paulista.
A empresa é comandada pelos herdeiros do empreendedor, os irmãos Fadel, Faissal e Farize. O patriarca Elias Habka faleceu em 2014.
Desde o início de 2018, as seis lojas paulistanas da bandeira, espalhadas pelas Zonas Norte e Oeste, além do centro, passaram a sofrer desabastecimento digno de Venezuela. Havia diversas gôndolas completamente vazias, refrigeradores desligados e áreas de hortifrúti sem uma única maçã para contar história. Em muitas ocasiões, restava aos funcionários, quase sem clientes para atender, encontrar modos de se distrair, como bater papo, ler revistas e até lixar as unhas. A freguesia fiel passava reto pelos endereços.
Os problemas da família surgiram, principalmente, por imbróglios na Justiça. A marca é acusada, entre outras questões, de não pagar impostos, o que resultou em pedidos de bloqueio de parte do faturamento em penhora de recursos em conta bancária. Somente os valores cobrados em processos iniciados pela União ou pelo Estado de São Paulo atingiam pelo menos 500 milhões de reais em maio de 2018. Sem capital de giro disponível, a rede parou de saldar as contas - de fornecedores a aluguéis. Apenas os funcionários recebiam em dia.
No passado, para tentar ajudar a reerguer os negócios, uma das estratégias do grupo foi dividir a cadeia e criar um CNPJ para cada endereço. O Futurama em Santa Cecília, por exemplo, trocou o nome para Supermercado Angélica. Apesar de não ser ilegal, a tática foi contestada na Justiça sob o argumento de se tratar, na prática, de um grupo, e não de empresas independentes.
Em abril de 2018, a filial da Lapa baixou as portas após quinze anos de atividade. Os outros pontos seguiriam o mesmo caminho se uma mudança não ocorresse.
A companhia, que chegou a ostentar um faturamento anual superior a 300 milhões de reais e mais de 1.000 funcionários, agonizava com um quinto do faturamento e pouco mais de metade dos funcionários. Não conseguiria mais sair do vermelho sem a ajuda de um investidor externo.
(Fonte: Veja São Paulo - 30.05.2018)
A empresa é comandada pelos herdeiros do empreendedor, os irmãos Fadel, Faissal e Farize. O patriarca Elias Habka faleceu em 2014.
Desde o início de 2018, as seis lojas paulistanas da bandeira, espalhadas pelas Zonas Norte e Oeste, além do centro, passaram a sofrer desabastecimento digno de Venezuela. Havia diversas gôndolas completamente vazias, refrigeradores desligados e áreas de hortifrúti sem uma única maçã para contar história. Em muitas ocasiões, restava aos funcionários, quase sem clientes para atender, encontrar modos de se distrair, como bater papo, ler revistas e até lixar as unhas. A freguesia fiel passava reto pelos endereços.
Os problemas da família surgiram, principalmente, por imbróglios na Justiça. A marca é acusada, entre outras questões, de não pagar impostos, o que resultou em pedidos de bloqueio de parte do faturamento em penhora de recursos em conta bancária. Somente os valores cobrados em processos iniciados pela União ou pelo Estado de São Paulo atingiam pelo menos 500 milhões de reais em maio de 2018. Sem capital de giro disponível, a rede parou de saldar as contas - de fornecedores a aluguéis. Apenas os funcionários recebiam em dia.
No passado, para tentar ajudar a reerguer os negócios, uma das estratégias do grupo foi dividir a cadeia e criar um CNPJ para cada endereço. O Futurama em Santa Cecília, por exemplo, trocou o nome para Supermercado Angélica. Apesar de não ser ilegal, a tática foi contestada na Justiça sob o argumento de se tratar, na prática, de um grupo, e não de empresas independentes.
Em abril de 2018, a filial da Lapa baixou as portas após quinze anos de atividade. Os outros pontos seguiriam o mesmo caminho se uma mudança não ocorresse.
A companhia, que chegou a ostentar um faturamento anual superior a 300 milhões de reais e mais de 1.000 funcionários, agonizava com um quinto do faturamento e pouco mais de metade dos funcionários. Não conseguiria mais sair do vermelho sem a ajuda de um investidor externo.
(Fonte: Veja São Paulo - 30.05.2018)
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