Era início do século XX quando o avô de Antônio Ermírio de Moraes, então com 13 anos, e só com alguns anos do ensino primário, chega ao Brasil. Logo no início monta uma banca de sapatos, em Sorocaba. O Grupo Votorantim nasceu de uma pequena tecelagem, fundada em 1918, na cidade do interior paulista, vizinha de Sorocaba, chamada Votorantim. Foi a partir dessa fábrica, construída por seu sogro, o industrial Antônio Pereira Ignácio, que José Ermírio de Moraes, nascido em 1900, pai de Antônio Ermírio, nascido em 1928, montou o grupo.
O crescimento inicial foi alicerçado por, além do setor têxtil, a exploração de minas de calcário e ferrovia. Em 1935, um grande passo rumo à expansão foi dado com a aquisição da Companhia Nitro Química. No mesmo ano (1935), sob o comando de José Ermírio, o grupo entrou na atividade cimenteira e no ano seguinte passou a fazer aço na Siderúrgica Barra Mansa, no Rio de Janeiro.
Em 1955, Antônio Ermírio, então recém formado engenheiro metalúrgico pela mesma escola frequentada por seu pai, José Ermírio de Moraes, a Colorado School of Mines (EUA), participa da fundação da Companhia Brasileira de Alumínio (CBA), primeira indústria do setor a atuar no Brasil e que passou a receber dedicação especial de Antônio Ermírio e seu motivo de orgulho.
Em 1962, o grupo Votorantim passa a ser comandado por Antônio Ermírio de Moraes.
Em meados da década de 1970, o grupo, já muito forte na área de cimento, fornecendo inclusive cimento para a construção da Itaipu Binacional, comprou o Grupo Industrial Itaú, então com nove fábricas de cimento, que, somadas às dez do grupo Votorantim, formou um grupo com um total de 19 fábricas. Mesmo que muitas dessas fábricas fossem pequenas e precisassem de grandes investimentos para sua modernização, o grupo se consolidou como um grande produtor de cimento. Imediatamente, a Votorantim tomou algumas medidas para levar a cabo a padronização em algumas áreas. O sistema de folha de pagamento foi o primeira ser escolhido. Dentro de pouco tempo, a fábrica da Itaú de Rio Branco do Sul, nos arredores de Curitiba, recebia o sistema de folha da Votorantim, implantado poucos meses antes em sua própria unidade do mesmo município.
A melhoria do sistema de controle de materiais, porém, demorou um pouco mais. Somente onze anos depois da aquisição das novas fábricas, foi iniciado levantamento, com a participação da Andersen Consulting, que durou dois anos, e mostrou o caos em que essa área se encontrava. As empresas Itaú tinham um estoque parado muito grande, compravam mal e gastavam muito. Os 30.000 itens, que vão de óleo combustível a parafusos, não tinham o menor controle, o que gerava requisições de emergência e consequentes compras na correria. Como muitos insumos e peças de manutenção são fundamentais para o funcionamento das fábricas, o departamento de compras acabava exagerando nos pedidos para evitar eventuais paradas na produção, mas não que essa medida fosse suficiente para não deixar faltar material. Uma fábrica socorrer-se na outra ficava impraticável. Na prática, cada item recebia uma descrição e um código diferente nas nove fábricas. Em alguns casos, era mais fácil comprar de novo materiais disponíveis na empresa, tamanha a dificuldade de localizá-los.
Em continuidade à sua estratégia de crescer de forma consistente e diversificada, no final dos anos 1980 o grupo passou a investir em papel e celulose com a aquisição da Celpav Celulose e Papel Ltda.(1988). Em setembro de 1992, comprou as Indústrias de Papel Simão S.A., ocasião em que o executivo Raul Calfat se junta ao grupo. Nesse negócio, de 190 milhões de dólares, já participaram com José Ermírio de Moraes Filho, nascido em 1926, os filhos José Ermírio Neto, nascido em 1952 e seu irmão José Roberto, nascido em 1958, diretor da Celpav, a indústria de papel do grupo. Três anos depois, em 1995, a Celpav se tornou uma subsidiária da Papel Simão, e a Papel Simão mudou seu nome para Votorantim Celulose e Papel S.A. - VCP e ganhou corpo em 2009 com a criação da Fibria, fruto da fusão entre VCP e Aracruz.
Em 1988 o grupo ingressou no setor financeiro, com a constituição do Banco Votorantim que, com a crise de 2008, teve metade do capital vendida para o Banco do Brasil.
A tecelagem, berço do do império Votorantim, em 1918, na cidade de Votorantim, é vendida no final de 1992 para a Fiação Alpina, de Morungaba, no interior de São Paulo, controlada pelo empresário paulista Antônio Greco. Apesar do valor sentimental, a fábrica deixara de fazer sentido. A área têxtil não mais se enquadrava em nenhuma das atividades prioritárias da Votorantim, que resolveu concentrar seus negócios em metalurgia e mineração, química, cimento, papel e celulose e citricultura. Na transação, a Alpina ficou apenas com os equipamentos da fábrica. O terreno e o prédio continuaram pertencendo à Votorantim, à qual a Alpina passou a pagar um aluguel mensal.
O crescimento inicial foi alicerçado por, além do setor têxtil, a exploração de minas de calcário e ferrovia. Em 1935, um grande passo rumo à expansão foi dado com a aquisição da Companhia Nitro Química. No mesmo ano (1935), sob o comando de José Ermírio, o grupo entrou na atividade cimenteira e no ano seguinte passou a fazer aço na Siderúrgica Barra Mansa, no Rio de Janeiro.
Em 1955, Antônio Ermírio, então recém formado engenheiro metalúrgico pela mesma escola frequentada por seu pai, José Ermírio de Moraes, a Colorado School of Mines (EUA), participa da fundação da Companhia Brasileira de Alumínio (CBA), primeira indústria do setor a atuar no Brasil e que passou a receber dedicação especial de Antônio Ermírio e seu motivo de orgulho.
Em 1962, o grupo Votorantim passa a ser comandado por Antônio Ermírio de Moraes.
Em meados da década de 1970, o grupo, já muito forte na área de cimento, fornecendo inclusive cimento para a construção da Itaipu Binacional, comprou o Grupo Industrial Itaú, então com nove fábricas de cimento, que, somadas às dez do grupo Votorantim, formou um grupo com um total de 19 fábricas. Mesmo que muitas dessas fábricas fossem pequenas e precisassem de grandes investimentos para sua modernização, o grupo se consolidou como um grande produtor de cimento. Imediatamente, a Votorantim tomou algumas medidas para levar a cabo a padronização em algumas áreas. O sistema de folha de pagamento foi o primeira ser escolhido. Dentro de pouco tempo, a fábrica da Itaú de Rio Branco do Sul, nos arredores de Curitiba, recebia o sistema de folha da Votorantim, implantado poucos meses antes em sua própria unidade do mesmo município.
A melhoria do sistema de controle de materiais, porém, demorou um pouco mais. Somente onze anos depois da aquisição das novas fábricas, foi iniciado levantamento, com a participação da Andersen Consulting, que durou dois anos, e mostrou o caos em que essa área se encontrava. As empresas Itaú tinham um estoque parado muito grande, compravam mal e gastavam muito. Os 30.000 itens, que vão de óleo combustível a parafusos, não tinham o menor controle, o que gerava requisições de emergência e consequentes compras na correria. Como muitos insumos e peças de manutenção são fundamentais para o funcionamento das fábricas, o departamento de compras acabava exagerando nos pedidos para evitar eventuais paradas na produção, mas não que essa medida fosse suficiente para não deixar faltar material. Uma fábrica socorrer-se na outra ficava impraticável. Na prática, cada item recebia uma descrição e um código diferente nas nove fábricas. Em alguns casos, era mais fácil comprar de novo materiais disponíveis na empresa, tamanha a dificuldade de localizá-los.
Em continuidade à sua estratégia de crescer de forma consistente e diversificada, no final dos anos 1980 o grupo passou a investir em papel e celulose com a aquisição da Celpav Celulose e Papel Ltda.(1988). Em setembro de 1992, comprou as Indústrias de Papel Simão S.A., ocasião em que o executivo Raul Calfat se junta ao grupo. Nesse negócio, de 190 milhões de dólares, já participaram com José Ermírio de Moraes Filho, nascido em 1926, os filhos José Ermírio Neto, nascido em 1952 e seu irmão José Roberto, nascido em 1958, diretor da Celpav, a indústria de papel do grupo. Três anos depois, em 1995, a Celpav se tornou uma subsidiária da Papel Simão, e a Papel Simão mudou seu nome para Votorantim Celulose e Papel S.A. - VCP e ganhou corpo em 2009 com a criação da Fibria, fruto da fusão entre VCP e Aracruz.
Em 1988 o grupo ingressou no setor financeiro, com a constituição do Banco Votorantim que, com a crise de 2008, teve metade do capital vendida para o Banco do Brasil.
A tecelagem, berço do do império Votorantim, em 1918, na cidade de Votorantim, é vendida no final de 1992 para a Fiação Alpina, de Morungaba, no interior de São Paulo, controlada pelo empresário paulista Antônio Greco. Apesar do valor sentimental, a fábrica deixara de fazer sentido. A área têxtil não mais se enquadrava em nenhuma das atividades prioritárias da Votorantim, que resolveu concentrar seus negócios em metalurgia e mineração, química, cimento, papel e celulose e citricultura. Na transação, a Alpina ficou apenas com os equipamentos da fábrica. O terreno e o prédio continuaram pertencendo à Votorantim, à qual a Alpina passou a pagar um aluguel mensal.
Em julho de 1991, José Ermírio de Moraes Filho, filho do fundador e irmão de Antônio Ermirio, garantiu que a partir de abril de 1992 iria recolher-se a um posto de membro de um conselho de administração abrindo mão de todas as funções executivas. No gesto, seria acompanhado pelos irmãos e pelo cunhado Clóvis Scripilliti, casado com sua irmã Maria Helena.
A sucessão acabou não acontecendo na data prevista porque Antonio, rompendo o acordo, recusou-se a se aposentar. Antonio Ermírio de Moraes, diretor-superintendente do grupo, comunicou aos dois irmãos e ao cunhado que formavam com ele o alto comando das empresas da família que desistira de afastar-se de suas funções, como estava previamente combinado. A ideia era que os filhos de cada um deles assumisse as funções executivas. O desejo de Antonio Ermírio de continuar com suas jornadas de 12 a 14 horas de trabalho fez com que os planos de aposentadoria de seus irmãos, José Ermírio de Moraes Filho e Ermírio Pereira de Moraes e do cunhado Clóvis Scripilliti fossem temporariamente arquivados. Não era para ser assim, mas a família se mostrou unida nessa decisão.
No final de 1992, José Ermírio comunica sua aposentadoria para abril de 1993. Em um anúncio emocionado para uma plateia de cerca de 50 pessoas reunidas em 20 de dezembro no restaurante St. Peter's Pier, José Ermírio informa que seu lugar será ocupado por José Ermírio de Moraes Neto, que, como o pai, será responsável pela direção das áreas de cimento e papel.
O anúncio da sucessão aconteceu numa semana particularmente tumultuada na vida da Votorantim. Dias antes a revista Veja publicou uma reportagem segundo a qual José e Antonio estariam promovendo uma cisõp societária, como sequela de um desentendimento nascido quando se noticiou que até a Votorantim teria frequentado o gabinete do empresário Paulo César Farias, o PC. Os doir irmãos e seus filhos mais velhos tiveram que depor na Polícia Federal, e José confirmou que autorizara o pagamento de 300 mil dólares a PC a título de "consultoria". Antonio, segundo seu depoimento, nada saberia desse pagamento. É fato que o mais conhecido dos Ermírio de Moraes desaprovou a atitude de seu irmão José, mas os negócios da família continuaram unidos na holding Hejoassu.
Em 1997, o grupo Votorantim esteve perto de comprar a Cia. Vale do Rio Doce, por ocasião da privatização, mas foi derrotado pelo consórcio liderado por Benjamin Steinbruch. O consórcio (da Votorantim) foi feito com a mineradora sul-africana Anglo American e foi capitaneado por Antônio Ermírio. Talvez tenha faltado a ele, Antônio Ermírio, um toque especial, utilizando a autoridade que tinha para isso, para alterar (para mais) os valores apresentados por seus analistas quanto ao valor a ser oferecido pela Vale. Se por um lado o grupo Votorantim tinha cacife (com folga) para bancar a aquisição, por outro, a Vale iria mais que dobrar o lucro do grupo.
A terceira geração, com mais de 20 herdeiros, assume o grupo em 2001, pouco antes da morte de José, o irmão mais velho da família. Até esse momento Antônio Ermírio estava no comando. Dois representantes de cada ramo familiar, totalizando oito, foram escolhidos para compor o grupo dirigente da Votorantim.
Na gestão dos filhos e sobrinhos dos dois patriarcas, o grupo se internacionalizou. O processo foi iniciado em 2001, com a atividade cimenteira, ao comprar a canadense St. Mary's. Nos anos seguintes comprou ativos de mineração e metalurgia de zinco no Peru e também duas siderúrgicas de porte médio na Colômbia e Argentina. Em 2004, adquiriu duas fábricas nos Estados Unidos.
Em 2008, depois de ter perdas bilionárias na gigante de celulose Aracruz (hoje Fibria) e ter passado por um aperto no banco Votorantim, o grupo teve de se organizar: vendeu participação na CPFL, quase metade das ações do banco e duas empresas de biotecnologia.
Praticamente sinônimo de Grupo Votorantim nas últimas décadas, Antônio Ermírio de Moraes, que havia se afastado do dia a dia da empresa por volta de 2007 por motivo de saúde, falece em 24 de agosto de 2014, em São Paulo.
O movimento mais simbólico na governança do grupo aconteceu com a nomeação de Raul Calfat para o posto de presidente do conselho de administração em 2014. Calfat é o primeiro executivo que não é membro da família a ocupar o cargo.
Em 1997, o grupo Votorantim esteve perto de comprar a Cia. Vale do Rio Doce, por ocasião da privatização, mas foi derrotado pelo consórcio liderado por Benjamin Steinbruch. O consórcio (da Votorantim) foi feito com a mineradora sul-africana Anglo American e foi capitaneado por Antônio Ermírio. Talvez tenha faltado a ele, Antônio Ermírio, um toque especial, utilizando a autoridade que tinha para isso, para alterar (para mais) os valores apresentados por seus analistas quanto ao valor a ser oferecido pela Vale. Se por um lado o grupo Votorantim tinha cacife (com folga) para bancar a aquisição, por outro, a Vale iria mais que dobrar o lucro do grupo.
A terceira geração, com mais de 20 herdeiros, assume o grupo em 2001, pouco antes da morte de José, o irmão mais velho da família. Até esse momento Antônio Ermírio estava no comando. Dois representantes de cada ramo familiar, totalizando oito, foram escolhidos para compor o grupo dirigente da Votorantim.
Na gestão dos filhos e sobrinhos dos dois patriarcas, o grupo se internacionalizou. O processo foi iniciado em 2001, com a atividade cimenteira, ao comprar a canadense St. Mary's. Nos anos seguintes comprou ativos de mineração e metalurgia de zinco no Peru e também duas siderúrgicas de porte médio na Colômbia e Argentina. Em 2004, adquiriu duas fábricas nos Estados Unidos.
Em 2008, depois de ter perdas bilionárias na gigante de celulose Aracruz (hoje Fibria) e ter passado por um aperto no banco Votorantim, o grupo teve de se organizar: vendeu participação na CPFL, quase metade das ações do banco e duas empresas de biotecnologia.
Praticamente sinônimo de Grupo Votorantim nas últimas décadas, Antônio Ermírio de Moraes, que havia se afastado do dia a dia da empresa por volta de 2007 por motivo de saúde, falece em 24 de agosto de 2014, em São Paulo.
O movimento mais simbólico na governança do grupo aconteceu com a nomeação de Raul Calfat para o posto de presidente do conselho de administração em 2014. Calfat é o primeiro executivo que não é membro da família a ocupar o cargo.
Em meados de 2016, já somavam 133 herdeiros na linha de sucessão - descendentes dos quatro filhos do fundador José Ermírio de Moraes. A gestão está sob o comando da quinta geração dos Ermírio de Moraes. Da família, os representantes da quarta geração têm presença apenas no conselho de administração da companhia. Alguns membros da quinta geração já ocupam lugares no conselho da holding familiar, a Hejoassu, dona de 100% da Votorantim S.A., e até em cargos de algumas empresas. Há um esforço do grupo para formar lideranças da família para o futuro. Mas é sensato imaginar que o tempo em que a empresa tinha um único rosto não voltará mais.
Em 2016, o grupo criou uma empresa dedicada à geração de energia eólica. É um ramo no qual pretende crescer e se tornar um grande competidor.
A Votoratim Metais, concentrada na produção de zinco, cobre e chumbo, mudou o nome da empresa para Nexa Resources. Isso ocorreu em outubro de 2017, quando a companhia fez um IPO nas bolsas de Nova York e Toronto. Esse nome tem algum significado? Muitos: "Next future, excellence, extraction e nexus", tudo em inglês..
Em 2017, o grupo deixa o segmento de aços longos, negócio tradicional na companhia, e teve a venda da siderúrgica aprovada pelo Cade, o órgão antitruste brasileiro, no início de 2018.
Em maio de 2018, outro negócio tradicional do grupo deixou de fazer parte do portfólio. Foi fechada a alienação da participação da Votorantim de controle da Fibria, maior produtora mundial de celulose de eucalipto, para o grupo Suzano.
Bem tarde da noite de 15 de março de 2018, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou a consolidação entre a Fibria e a Suzano Papel e Celulose (o BNDES é sócio de ambas, ea Votorantim, sócio da Fibria) e no dia seguinte as duas maiores produtoras mundiais de celulose de eucalipto confirmaram a combinação de seus negócios. A Suzano compra a totalidade das ações da Fibria com dinheiro e ações e a família Feffer, dona da Suzano, ficará com 45,5% da companhia resultante da operação. A união das duas companhias forma uma empresa com 49% do mercado mundial.
Considerando dados de meados de 2018, o faturamento anual da Votorantim está na casa dos R$ 26 bilhões. O grupo só mantém em seu portfólio as áreas de cimento, zinco e polimetálicos, alumínio, energia, suco de laranja e finanças. Metade da receita é gerada no Brasil e a outra metade de operações e vendas ao exterior. Cimento, zinco e alumínio respondem por quase 90% da receita da companhia. Finanças e suco de laranja são operações compartilhadas, sem consolidação no balanço. A participação no banco (onde tem sociedade com o Banco do Brasil) também é tida como ativo disponível para uma potencial alienação.
Em março de 2019, o executivo Raul Calfat deixa o Grupo Votorantim. Calfat entrou no grupo em 1992, com a compra da Papel Simão.
Em 2016, o grupo criou uma empresa dedicada à geração de energia eólica. É um ramo no qual pretende crescer e se tornar um grande competidor.
A Votoratim Metais, concentrada na produção de zinco, cobre e chumbo, mudou o nome da empresa para Nexa Resources. Isso ocorreu em outubro de 2017, quando a companhia fez um IPO nas bolsas de Nova York e Toronto. Esse nome tem algum significado? Muitos: "Next future, excellence, extraction e nexus", tudo em inglês..
Em 2017, o grupo deixa o segmento de aços longos, negócio tradicional na companhia, e teve a venda da siderúrgica aprovada pelo Cade, o órgão antitruste brasileiro, no início de 2018.
Em maio de 2018, outro negócio tradicional do grupo deixou de fazer parte do portfólio. Foi fechada a alienação da participação da Votorantim de controle da Fibria, maior produtora mundial de celulose de eucalipto, para o grupo Suzano.
Bem tarde da noite de 15 de março de 2018, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou a consolidação entre a Fibria e a Suzano Papel e Celulose (o BNDES é sócio de ambas, ea Votorantim, sócio da Fibria) e no dia seguinte as duas maiores produtoras mundiais de celulose de eucalipto confirmaram a combinação de seus negócios. A Suzano compra a totalidade das ações da Fibria com dinheiro e ações e a família Feffer, dona da Suzano, ficará com 45,5% da companhia resultante da operação. A união das duas companhias forma uma empresa com 49% do mercado mundial.
Considerando dados de meados de 2018, o faturamento anual da Votorantim está na casa dos R$ 26 bilhões. O grupo só mantém em seu portfólio as áreas de cimento, zinco e polimetálicos, alumínio, energia, suco de laranja e finanças. Metade da receita é gerada no Brasil e a outra metade de operações e vendas ao exterior. Cimento, zinco e alumínio respondem por quase 90% da receita da companhia. Finanças e suco de laranja são operações compartilhadas, sem consolidação no balanço. A participação no banco (onde tem sociedade com o Banco do Brasil) também é tida como ativo disponível para uma potencial alienação.
Em março de 2019, o executivo Raul Calfat deixa o Grupo Votorantim. Calfat entrou no grupo em 1992, com a compra da Papel Simão.
Em 29 de junho de 2021, a fabricante de cimentos do grupo Votorantim, a Votorantim Cimentos, anunciou que adquiriu o controle da espanhola Cementos Balboa, localizada na região da Extremadura. O valor do negócio não foi revelado. O negócio foi realizado pela subsidiária espanhola Corporacion Noroeste. A cimenteira, de acordo com comunicado, possui uma moderna fábrica integrada localizada em Alconera, província de Badajoz, com capacidade instalada de produção de 1,6 milhão de toneladas por ano.
Em 8 de maio de 2023, a companhia anunciou a aquisição de 5,11% de participação na farmacêutica Hypera Pharma, uma das maiores farmacêuticas do país, com valor de mercado de quase R$ 24 bilhões e faturamento de R$ 7,54 bilhões em 2022. O grupo não divulgou o valor da aquisição. Considerando a cotação da ação da Hypera na bolsa no pregão de 5 de maio de 2023, de R$ 37,45, a Votorantim pagou mais de R$ 1,2 bilhão. Alinhado com sua estratégia de diversificação, tanto de ativos quanto geograficamente, o grupo deu mais um passo nessa direção, que combina novos negócios, parcerias locais e internacionais, seletividade de ativos e a busca por maior equilíbrio na geração de receitas em países com moedas fortes como o dólar e o euro.
O grupo tem hoje as seguintes empresas controladas: Votorantim Cimentos, CBA, Nexa Resources, Aços Longos (Argentina), Votorantim Energia (comercialização), Cesp e Banco Votorantim.
(Fonte: revista Exame - 29.04.1992 / 23.12.1992 / 06.01.1993 / 17.02.1993 / 21.12.2005 / 22.06.2016 / jornal Valor - 16.03.2018 - meados de maio 2018 / 04.06.2018 / 27.03.2019 / 29.06.2021 / 09.05.2023 - partes).
(Fonte: revista Exame - 29.04.1992 / 23.12.1992 / 06.01.1993 / 17.02.1993 / 21.12.2005 / 22.06.2016 / jornal Valor - 16.03.2018 - meados de maio 2018 / 04.06.2018 / 27.03.2019 / 29.06.2021 / 09.05.2023 - partes).
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