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29 de out. de 2011

Blue Front Café / Blue Front / Brent's Drugs / Offbeat

Blue Front Cafe
          Você caminha por um caminho de terra até um humilde edifício feito de blocos de concreto. Há um pequeno toldo vermelho, alguns anúncios antigos da Coca-Cola e uma placa pintada à mão que diz "Blue Front Cafe". A pintura branca na metade superior do prédio pode estar desbotada, mas a pintura azul vibrante na parte inferior é apenas um sinal do que está por vir. O local pode ser rústico, mas tem muito a oferecer.
          Existe um consenso generalizado de que o blues surgiu no Mississippi. Suas raízes históricas estão tão profundamente entrelaçadas que é impossível mencionar uma sem a outra. O músico de blues indicado ao Grammy, Cedric Burnside, explica: "O blues é a nossa história."
          E como o blues consolidou seu lugar na história do Mississippi, o mesmo aconteceu com os juke joints.
          Os juke joints são pequenos edifícios provisórios que foram usados como clubes sociais na década de 1940. Depois de um longo dia de trabalho, as pessoas da comunidade levavam seus instrumentos, muitos feitos em casa, para compartilhar histórias e tocar juntos no palco. Inaugurado em 1948 por Mary e Carey Holmes, o Blue Front Cafe é o local em funcionamento mais antigo desta cidade do sul dos Estados Unidos.

Blue Front
          O Blue Front começou como um local para os vizinhos compartilharem peixe-búfalo (eles são peixes muito grandes) e bebidas, dançar ao som de música ao vivo e até mesmo cortar o cabelo. Hoje, o Blue Front pertence ao filho de Mary e Carey, Jimmy "Duck" Holmes, e continua sendo um das casas de blues mais populares do Mississippi.
          O próprio Duck é uma lenda viva: como o último intérprete sobrevivente do estilo blues da Bentonia — um estilo baseado em acordes menores — ele fez com que o Blue Front garantisse seu lugar na Mississippi Blues Trail (Trilha do Blues do Mississippi) e permanecesse relevante.

Brent's Drugs
          Puxar uma cadeira e pedir uma cerveja gelada no Brent's Drugs é outra experiência singular de Jackson que permanece intocada pelo tempo. O Brent's Drugs abriu suas portas em outubro de 1946 como parte do primeiro shopping center no Mississippi e — embora a conexão entre as máquinas de refrigerante e as drogarias possa não ser aparente hoje — as duas compartilham uma história.
          Quando os garçons perdiam seus empregos durante a Lei Seca, eles colocavam fontes de refrigerante em farmácias e trabalhavam como "vendedores de refrigerante", misturando bebidas enquanto os clientes esperavam suas prescrições médicas. Embora o Brent's possa ter parado de fazer prescrições médicas, eles mantiveram a máquina original de refrigerantes e preservaram a maior parte do mobiliário interior inicial.

Offbeat
             Para ter uma ideia de como a cena artística local está crescendo, há a Offbeat, uma espécie de galeria de artes e loja de discos. Dentro do espaço, entre as prateleiras de discos, brinquedos modernos e revistas em quadrinhos, há uma galeria de artes que apresenta o trabalho de artistas locais. Enquanto Cedric observa um mural criado por alguns jovens artistas promissores de Jackson, ele é claramente surpreendido pelo enorme talento. "Há muita cultura em Jackson."
          Imbuída da apreciação pelo passado e com interesse em promover novas energias criativas, é óbvio que a Offbeat fomenta o estilo de vida moderno de Jackson.

Jackson - A cidade com memória viva
          É verdade: os moradores de Jackson gostam de passar o tempo na cozinha e nas estradas. Eles conversam educadamente, com todo o charme sulista. Você pode contar com a solidariedade dos vizinhos, seja com algo para comer, como uma torta de noz-pecã ou com palavras de conforto, e as demonstrações de afeto são tão intensas que parecem forçadas.
          Diferentemente de tantos lugares obcecados pelo futuro, Jackson é uma cidade com memória viva. Seus moradores se orgulham do local e decidem viver lá. E continua sendo um dos únicos lugares dos Estados Unidos onde é possível ter uma aula de história em primeira mão, de praticamente qualquer pessoa que você pare na rua.
          Há um sentimento de orgulho e uma tranquilidade em Jackson, que pode ser a razão pela qual ninguém tem pressa. Sentado em uma varanda, com o violão na mão, Burnside reflete, "Tenho orgulho do Mississippi. O verdadeiro blues não existiria sem ele. O amor e a energia que vem da terra são ricos e belos em histórias da música. Eu estarei aqui tocando com meu violão para sempre."

(Fonte: site: visiteOsUSA)

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