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6 de out. de 2011

Lactalis

          A Lactalis, fundada em 1933, com sede em Laval, no oeste da França, fez cerca de 26 aquisições, entre as quais a Parmalat italiana, sem considerar os ativos de LBR e de BRF. Até 1999, a Lactalis chamava-se Société Laitière Besnier. O atual presidente, Emmanuel Besnier, nascido em 1971, é neto do fundador e assumiu a empresa aos 29 anos, após a morte de seu pai, Michel Besnier.
          Desde 15 de julho de 2011, a Lactalis tem o controle da italiana Parmalat S.p.A.
          No Brasil, chegou em julho de 2013 com a aquisição da pequena Balkis, de queijos.
          Em 2014, a Lactalis compra da BRF a área de lácteos, com unidades localizadas em Bom Conselho (PE), Carambeí (PR), Ravena (MG), Concórdia (SC), Teutônia (RS), Itumbiara (MG), Terenos (MS), Ijuí (RS), 3 de Maio I (RS), 3 de Maio II (RS) e Santa Rosa (RS). A compra foi por 1,8 bilhão de reais. As marcas Batavo e Elegê estão incluídas no negócio.
          Depois de uma tentativa frustrada de comprar a Vigor - que acabou nas mãos da mexicana Lala -, a Lactalis surpreendeu o mercado em 5 de dezembro de 2017 com o anúncio da aquisição de 100% das ações da mineira Itambé Alimentos, que mal acabara de voltar ao controle da Cooperativa Central dos Produtores Rurais de Minas Gerais (CCPR). Com a transação, a Lactalis passa a liderar a captação de leite no país. O negócio entre CCPR e Lactalis, marca uma reviravolta numa operação deflagrada após a venda da Vigor, que era da J&F, para a Lala, em agosto de 2016. A transação incluía os 50% que a Vigor detinha na Itambé. Os 50% restantes eram da CCPR, que tinha direito de preferência para recomprar a participação em caso de venda da Vigor. Em setembro de 2017, a CCPR anunciou que exerceria o direito de preferência para recompra dos 50% da Itambé - que havia passado para as mão da Lala -, operação concluída em 4 de dezembro de 2017, por R$ 700 milhões.
          Mas, entrou água no leite da Lactalis. Desde o dia 15 de dezembro de 2017 uma disputa judicial travou o negócio. Tudo porque a Vigor, antiga sócia da CCPR na Itambé, reclama que foi passada para trás.
          As estimativas de números no Brasil não são nada desprezíveis: faturamento bruto anual de R$ 3,5 bilhões; cerca de 6 mil funcionários e 15 mil fornecedores de leite. Com 17 unidades no país, espalhadas por nove estados, tem em seu portfólio as marcas: Parmalat (que também é fabricada por terceiros, exemplo a Agropecuária Tuiti, de Amparo, interior de São Paulo), Batavo, Elegê (estas duas, adquiridas da BRF), DaMatta, Boa Nata (que era da LBR), Poços de Caldas e Balkis. Tudo isso, sem considerar os ativos da Itambé.
          No mundo, a Lactalis é líder do setor de lácteos, com faturamento anual de 16 bilhões de euros, 200 fábricas em 95 países, e operação em 145 países. Suas principais marcas são: Président, La Laitière, Bridel e Parmalat e no mundo tem aproximadamente 61.000 funcionários.
(Fonte: jornal Valor - 10.09.2014 e Valor online 21.05.2015 / Valor 06.12.2017 - partes)


English version:
     The company arrived in Brazil in July 2013, with the purchase of Balkis, a small cheese producer. In 2014, it made two nearly simultaneous moves: it acquired assets of LBR – Lácteos Brasil — which had the license for use of the Parmalat brand, which Lactalis owns — and also the dairy business of BRF, a R$1.8 billion deal that was approved by the Administrative Council of Economic Defense (Cade) in April 2015.
     Nearly nine months after the acquisition of the LBR assets for R$250 million, in a court reorganization process, and awaiting the conclusion of the purchase of BRF’s dairy unit, the the CEO of Lactalis for Latin America, Patrick Sauvageot, admits that Lactalis in Brazil is a company yet to be built.
(Fonte: jornal Valor online - 21.05.2015)

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