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6 de out. de 2011

Lacoste

          Até 1926, os tenistas disputavam as partidas usando calças compridas de linho e camisas sociais com colarinho. Isso só mudou naquele ano porque um talentoso jogador francês, craque nas quadras de tênis, chamado Jean René Lacoste protestou publicamente contra o traje. Durante um jogo importante, ele declarou: "essas roupas nos sufocam, tiram nossa liberdade, atrapalham o desempenho."
          Disposto a romper com o absurdo, no jogo seguinte, Jean entrou em campo vestindo um camiseta de mangas curtas e um calção mais confortável. O traje causou escândalo. O público dividiu-se entre vaias e aplausos. Na plateia, o presidente de uma importante confecção francesa intuiu que a novidade tinha grandes chances de dar certo por dois motivos: primeiro, o tenista desfrutava grande prestígio e muitos fãs certamente o seguiriam. Segundo, o fato teria forte divulgação na imprensa, o que significaria publicidade gratuita.
          Depois da partida, o executivo procurou Jean e propôs a ele abrirem juntos uma confecção. O tenista Jean Lacoste e sua marca, a Lacoste, revolucionou o mercado de moda desportiva. O pequeno jacaré, símbolo da marca, teria sido escolhido porque o jogador era chamado pela imprensa de Le Crocodile, pela forma como atacava os adversários nas quadras.
          Outra versão para o surgimento do "jacaré" teria sido em 1927, nos Estados Unidos, quando Rene Lacoste recebeu esse apelido (Jacaré), pois teria apostado uma mala de pele de crocodilo com o capitão da equipe da Copa Davis francês. Quando ele voltou para a França, "jacaré" virou "crocodilo", e Rene ficou conhecido para sempre como “O Crocodilo". Não só ele adotou o apelido, mas foi com tudo e passou a usar um logotipo do réptil bordado em seu blazer. O ano oficial da escolha do logotipo foi 1933.
          René fundou a Lacoste oficialmente em 1935, estampando o jacarezinho em uma camisa polo, branca, de manga curta.
          O jacarezinho da marca Lacoste foi desenhado (na realidade, bordado), pelo amigo Robert George, que procurou capitalizar o apelido do principal sócio da empresa esportiva.
          Michel Lacoste, filho do fundador (esse, falecido em 1996), que exercia a direção-executiva da Lacoste, afastou-se em abril de 2008 e passou à presidência do conselho de administração. Deixou o executivo Christophe Chenut na linha de frente de decisão. O movimento serviu para sinalizar ao mercado que os negócios se sustentam mesmo sem um integrante da família no comando.
(Fonte: jornal Gazeta Mercantil 08.07.2005 / jornal Brasil Econômico 18.05.2010 / Wikipedia)

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