Criado em 1912, o biscoito Oreo tem uma legião de fãs nos EUA. Tecnicamente, é um "sanduíche de biscoitos de chocolate" - feito com açúcar, farinha, óleo, xarope de milho e, é claro, chocolate - mas o Negresco, ou Oreo nos Estados Unidos, é, sobretudo, um 'ícone' americano.
Para festejar este biscoito redondo, preto e recheado com um creme branco - o mais vendido no país - festas surpresa foram realizadas em 06.03.2012 (dia do centenário de sua criação) em sete cidades americanas, incluindo Los Angeles. Houve ainda celebrações pelo mundo, como queima de fogos de artifício em Xangai, festas de aniversário na Arábia Saudita e distribuições gratuitas na Venezuela. "Neste mundo conturbado, as pessoas sofrem mais e mais pressão. Mas comer um biscoito recheado com um copo de leite é falar da verdade humana, universal. Em cada um de nós, há uma criança que merece ser livre", filosofa John Ghingo, Diretor da Oreo Global, pertencente à gigante americana Kraft Foods (hoje Mondelez), em um comunicado de imprensa.
Vendido em mais de cem países, o Negresco, ou Oreo, rende mais de US$ 1,5 bilhão por ano para a Mondelez (ex-Kraft), um dos maiores grupos de alimentos do mundo. Fabricados a partir de uma fornalha da usina Nabisco, no distrito industrial de Chelsea, em Nova York, os biscoitos foram vendidos inicialmente em uma mercearia de Hoboken, Nova Jersey, do outro lado do Hudson. Eles eram maiores na época, e rapidamente alcançaram o sucesso. O negócio se expandiu com o creme de limão nos anos de 1920. Hoje já existe uma versão mini, recheios de manteiga de amendoim ou formato triplo, e durante apenas seis semanas, houve uma edição limitada criada para o centenário.
Segundo a Mondelez (ex-Kraft), a metade dos fãs do biscoito, e geralmente as mulheres, segue o ritual da publicidade: "twist, lick, dunk" ("rodar, lamber, mergulhar"), rodar o biscoito para soltá-lo, lamber o creme de baunilha do interior e mergulhar os biscoitos em um copo de leite. Depois, o biscoito atacou os livros culinários, canecas, brinquedos, livros infantis e até Barbie, com a marca nas sacolas de compras, para não mencionar o gelo Oreo da marca Ben & Jerry's (vide origem da marca Ben & Jerry's neste blog).
Na época do Black Power, entre os negros, ser chamado de Oreo (preto por fora, branco por dentro) era um insulto, disse, em 1991, um historiador do biscoito, Gerald Thompson. E os judeus se lembram com carinho dos dias de 1998, quando foi lançado o Oreo kosher, sem banha de porco.
A origem do nome é controversa. Uma teoria diz que vem da palavra francesa para "ouro", "or". A embalagem original da bolacha era dourada e tinha a intenção de ser um produto mais sofisticado e exclusivo. Outros dizem que vem da palavra grega "oros", que quer dizer "monte" ou "montanha".
No Brasil, tínhamos que nos contentar com a importação do Oreo da Espanha e podíamos achar apenas em casas especializadas. Sua embalagem trazia informações na língua de nove países. Em 2014, passou a ser fabricado localmente pela Mondelez. O Oreo possui um concorrente produzido pela Nestlé, o Negresco, que chegou ao Brasil em 1989.
(Mandel NGAN/France Presse - Folha de S.Paulo online - 07.03.2012)
Vendido em mais de cem países, o Negresco, ou Oreo, rende mais de US$ 1,5 bilhão por ano para a Mondelez (ex-Kraft), um dos maiores grupos de alimentos do mundo. Fabricados a partir de uma fornalha da usina Nabisco, no distrito industrial de Chelsea, em Nova York, os biscoitos foram vendidos inicialmente em uma mercearia de Hoboken, Nova Jersey, do outro lado do Hudson. Eles eram maiores na época, e rapidamente alcançaram o sucesso. O negócio se expandiu com o creme de limão nos anos de 1920. Hoje já existe uma versão mini, recheios de manteiga de amendoim ou formato triplo, e durante apenas seis semanas, houve uma edição limitada criada para o centenário.
Segundo a Mondelez (ex-Kraft), a metade dos fãs do biscoito, e geralmente as mulheres, segue o ritual da publicidade: "twist, lick, dunk" ("rodar, lamber, mergulhar"), rodar o biscoito para soltá-lo, lamber o creme de baunilha do interior e mergulhar os biscoitos em um copo de leite. Depois, o biscoito atacou os livros culinários, canecas, brinquedos, livros infantis e até Barbie, com a marca nas sacolas de compras, para não mencionar o gelo Oreo da marca Ben & Jerry's (vide origem da marca Ben & Jerry's neste blog).
Na época do Black Power, entre os negros, ser chamado de Oreo (preto por fora, branco por dentro) era um insulto, disse, em 1991, um historiador do biscoito, Gerald Thompson. E os judeus se lembram com carinho dos dias de 1998, quando foi lançado o Oreo kosher, sem banha de porco.
A origem do nome é controversa. Uma teoria diz que vem da palavra francesa para "ouro", "or". A embalagem original da bolacha era dourada e tinha a intenção de ser um produto mais sofisticado e exclusivo. Outros dizem que vem da palavra grega "oros", que quer dizer "monte" ou "montanha".
No Brasil, tínhamos que nos contentar com a importação do Oreo da Espanha e podíamos achar apenas em casas especializadas. Sua embalagem trazia informações na língua de nove países. Em 2014, passou a ser fabricado localmente pela Mondelez. O Oreo possui um concorrente produzido pela Nestlé, o Negresco, que chegou ao Brasil em 1989.
(Mandel NGAN/France Presse - Folha de S.Paulo online - 07.03.2012)
Um comentário:
Muito bom!! Parabéns
Postar um comentário