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6 de out. de 2011

Cerveja Hoegaarden

          A vila de Hoegaarden, próxima a Tienen, em Flanders, na Bélgica, é considerada o berço da tradição belga de cervejas de trigo. O pequeno vilarejo que fica a 40 quilômetros de Bruxelas. Há registros de fabricação de cerveja na região no século XIV. No século seguinte já havia uma corporação de cervejeiros na vila e no século XIX as cervejarias eram cerca de 30.
          No século XX, as cervejarias de witbier (nome particular das cervejas de trigo da região belga, que significa cerveja branca) entraram em declínio, incapazes de competir com as grandes cervejarias de Lovaina, notadamente aquelas controladas pela Stella Artois. Em 1957, a última produtora local, Tomsin, fecha as portas, num ambiente também influenciado pela mudança no padrão de consumo. As pessoas queriam os grandes nomes [rótulos] novos, e não os produtos de então, à moda antiga.                Foi em Hoegaarden, em 1966, que Pierre Celis fundou uma cervejaria, pegando emprestado o nome da vila para sua marca e passou a ter sua cerveja de trigo reconhecida pelos consumidores.        Estimulado pela reminiscência dos velhos tempos, Celis adquire os equipamentos necessários e começa sua produção no estábulo ao lado de sua casa. Ele criou sua receita baseado na experiência que teve em cervejarias, adicionando à sua fórmula sementes de coentro moídas e raspas de laranja.
          A boa recepção ao produto levou ao crescimento gradual da marca. Em 1978, a produção triplica com a mudança para uma antiga fábrica de limonada. Porém, um incêndio em 1985 influencia sobremaneira os destinos da empresa. O enorme prejuízo força Celis a aceitar a oferta da Stella Artois, que adquire 45% da empresa. Em 1988, a Stella Artois é uma das participantes da fusão que cria a Interbrew. A partir daí, segundo Celis, o aprofundamento das pressões visando a elevação dos lucros se torna insuportável e ele decide, em 1990, vender sua participação na Cervejaria Hoegaarden e se desvincular da mesma.
          A produção da Hoegaarden só permanece na vila por conta da ação da população local, que protestou em 2004 contra o anúncio de que em dois anos a produção seria transferida para Jupille. A maior parte dos estabelecimentos comerciais e residências da cidade passou a exibir um pôster com o mote "Hoegaarden produz Hoegaarden", insatisfeitos tanto pelo número considerável de demissões e o inevitável impacto na economia local, como também pelo fato do novo local ser localidade francófona, ao passo que Hoegaarden fica na área onde neerlandês predomina. A produção chegou a ser encerrada mas retornou em 2007.
          No lado de cá do Atlântico, no início de 2019, é inaugurado um novo espaço no boêmio bairro de Pinheiros na capital paulista. Trata-se do Greenhouse, espaço decorado e patrocinado pela cerveja Hoegaarden, no lugar onde teria sido uma loja de lingeries antes de ser adaptada. A ideia era a de trazer o “estilo de vida” de onde a cerveja nasceu, Hoegaarden. Com 360 m², o bar é o primeiro da marca em todo o mundo e, na composição do ambiente, é possível encontrar 264 plantas de 38 espécies.
          A versão Wit-Blanche possui 4,9% ABV e é vendida em garrafas de 330ml. A
 Hoegaarden (assim como a Stella Artois) pertence ao portfólio da Anheuser-Busch InBev.
(Fonte: Wikipédia / SãoPauloinfoco - 28.03.2019 - partes)

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