Em julho de 1942 foi inaugurada a Fábrica Nacional de Motores, em Xerém, Rio de Janeiro, a qual teve importância indiscutível no processo de desenvolvimento da indústria automobilística no Brasil. Em 1947, depois da Segunda Guerra, a FNM (pronuncia-se fênêmê) sofreu uma grande mudança, passando a ser uma sociedade anônima, com participação de Governo federal, que entendia a importância da empresa no cenário industrial.
A FNM fechou um contrato em 1949 com a italiana Isotta-Fraschini. A ideia era iniciar a produção de caminhões da empresa no Brasil. O FNM D-7300 foi o primeiro montado no País, com 30% de nacionalização de peças.
As dificuldades da guerra acabaram afetando a Isotta-Fraschini, que havia concedido licença para a FNM. No início dos anos 1950 a Isotta faliu na Itália e suspendeu o envio de peças para o Brasil. Com isso, a FNM fechou contrato com a também italiana Alfa-Romeo, inicialmente para produzir versões de seus caminhões e ônibus.
A montagem começou em 1952, com o caminhão D-9500 sendo o primeiro fruto dessa parceria. Nesse primeiro ano, todas as peças eram importadas. A partir de 1953, foi iniciado o processo de nacionalização do modelo. Alguns anos depois, em 1957, chegou ao mercado o caminhão D-11000, maior e mais potente que o D-9500.
Na estratégica data de 21 de abril de 1960 (inauguração de Brasília) foi lançado o FNM JK 2000, modelo de automóvel que surgiu na Itália em 1957 no salão de Turim com o nome de Alfa Romeo 2000. Ao longo da vida do FNM a carroceria sofreu poucas modificações até o final da sua produção que durou 12 anos.
O sedã era um dos veículos mais caros do mercado na época. E, mesmo com o alto preço, ele ficou marcado por conta de inúmeros problemas de assistência técnica. Além disso, por conta do Golpe Militar de 1964, a situação da montadora nacional ficou ameaçada, já que havia uma pressão para que a empresa fosse privatizada.
Em 1964, a FNM decidiu que precisava ter mais um veículo em sua linha. A ideia era ter uma variação do antigo JK, rebatizado de 2000 para não irritar os militares que haviam tomado o poder. Para isso, a FNM encomendou a Rino Malzoni, pai do GT Malzoni e do Puma, uma nova carroceria
Que foi apresentada na Feira Brasileira do Atlântico naquele mesmo ano, mas não agradou. Tinha quatro faróis e era meio pesadão. Rino corrigiu o protótipo, inspirado pelo Ford Mustang, e a FNM gostou, apresentando o Onça no Salão do Automóvel de 1966. Confiante na aprovação do projeto, a FNM produziu algumas carrocerias enquanto enviava um dos protótipos para avaliação da Alfa Romeo, que vetou o projeto prontamente
Não, entretanto, sem que algumas unidades do Onça tivessem sido vendidas. Sabe-se de 3 delas ainda na ativa e recentemente restauradas, mas é bem possível que existam outras perdidas Brasil afora. Extraoficialmente, foram produzidas 5 unidades do FNM Onça.
Em 1968, a própria Alfa-Romeo passou a ser a nova proprietária da empresa, em uma das primeiras privatizações da história do Brasil. Entretanto, o caminhão D-11000 e o FNM 2000 seguiam em linha.
Naquele mesmo ano, durante o Salão do Automóvel, o FNM 2000 seria reformulado e mudaria seu nome para 2150. Seu motor passou a ser o de 2.132 cc, substituindo o anterior de 1975 cc, o que justificou a mudança do nome. O visual foi levemente alterado, com uma frente mais limpa, com capô liso e para-choque menor.
Um ano depois, em 1969, a Fiat comprou a Alfa-Romeo, que passou a fazer parte de seu grupo. Quatro anos depois, a nova proprietária adquiriu 43% das ações da FNM. Em 1973, as últimas unidades dos caminhões da série D-11000 foram fabricadas.
Um novo sedã foi lançado em 1974. O Alfa-Romeo 2300 não levava a marca FNM, para tentar afastá-lo da imagem negativa que ficou na série 2000/2150. Mesmo assim, o modelo sofreu com problemas de montagem e má qualidade de peças. Isso só foi resolvido em 1978, quando sua produção passou para a fábrica da Fiat, em Betim (MG).
Dois anos depois, em 1976, três novos caminhões foram fabricados, os Fiat 70, 130 e 190 E – este último era um caminhão FNM 180 com motor da empresa italiana. No mesmo ano, a fabricante passou a ser proprietária de 94% das ações da FNM, comprando a parte que era da Alfa-Romeo.
No ano seguinte, todos os caminhões eram vendidos com o nome da Fiat. Ainda em 1977, a razão social da FNM foi mudada para Fiat Diesel Brasil S.A.. Após diversos planos de expansão e exportação, as baixas vendas determinaram o fechamento da empresa em 1985. Em 1986, foi a vez do sedã 2300 sair de linha.
(Fonte: jornal Gazeta Mercantil - Caderno do Carro - 01.08.2001 - Ricardo Bock - Professor Fei-SP / garagem360 - msn - 14.03.2017 / Autocar - msn - 31.07.2018 - partes)
A FNM fechou um contrato em 1949 com a italiana Isotta-Fraschini. A ideia era iniciar a produção de caminhões da empresa no Brasil. O FNM D-7300 foi o primeiro montado no País, com 30% de nacionalização de peças.
As dificuldades da guerra acabaram afetando a Isotta-Fraschini, que havia concedido licença para a FNM. No início dos anos 1950 a Isotta faliu na Itália e suspendeu o envio de peças para o Brasil. Com isso, a FNM fechou contrato com a também italiana Alfa-Romeo, inicialmente para produzir versões de seus caminhões e ônibus.
A montagem começou em 1952, com o caminhão D-9500 sendo o primeiro fruto dessa parceria. Nesse primeiro ano, todas as peças eram importadas. A partir de 1953, foi iniciado o processo de nacionalização do modelo. Alguns anos depois, em 1957, chegou ao mercado o caminhão D-11000, maior e mais potente que o D-9500.
Na estratégica data de 21 de abril de 1960 (inauguração de Brasília) foi lançado o FNM JK 2000, modelo de automóvel que surgiu na Itália em 1957 no salão de Turim com o nome de Alfa Romeo 2000. Ao longo da vida do FNM a carroceria sofreu poucas modificações até o final da sua produção que durou 12 anos.
O sedã era um dos veículos mais caros do mercado na época. E, mesmo com o alto preço, ele ficou marcado por conta de inúmeros problemas de assistência técnica. Além disso, por conta do Golpe Militar de 1964, a situação da montadora nacional ficou ameaçada, já que havia uma pressão para que a empresa fosse privatizada.
Em 1964, a FNM decidiu que precisava ter mais um veículo em sua linha. A ideia era ter uma variação do antigo JK, rebatizado de 2000 para não irritar os militares que haviam tomado o poder. Para isso, a FNM encomendou a Rino Malzoni, pai do GT Malzoni e do Puma, uma nova carroceria
Que foi apresentada na Feira Brasileira do Atlântico naquele mesmo ano, mas não agradou. Tinha quatro faróis e era meio pesadão. Rino corrigiu o protótipo, inspirado pelo Ford Mustang, e a FNM gostou, apresentando o Onça no Salão do Automóvel de 1966. Confiante na aprovação do projeto, a FNM produziu algumas carrocerias enquanto enviava um dos protótipos para avaliação da Alfa Romeo, que vetou o projeto prontamente
Não, entretanto, sem que algumas unidades do Onça tivessem sido vendidas. Sabe-se de 3 delas ainda na ativa e recentemente restauradas, mas é bem possível que existam outras perdidas Brasil afora. Extraoficialmente, foram produzidas 5 unidades do FNM Onça.
Em 1968, a própria Alfa-Romeo passou a ser a nova proprietária da empresa, em uma das primeiras privatizações da história do Brasil. Entretanto, o caminhão D-11000 e o FNM 2000 seguiam em linha.
Naquele mesmo ano, durante o Salão do Automóvel, o FNM 2000 seria reformulado e mudaria seu nome para 2150. Seu motor passou a ser o de 2.132 cc, substituindo o anterior de 1975 cc, o que justificou a mudança do nome. O visual foi levemente alterado, com uma frente mais limpa, com capô liso e para-choque menor.
Um ano depois, em 1969, a Fiat comprou a Alfa-Romeo, que passou a fazer parte de seu grupo. Quatro anos depois, a nova proprietária adquiriu 43% das ações da FNM. Em 1973, as últimas unidades dos caminhões da série D-11000 foram fabricadas.
Um novo sedã foi lançado em 1974. O Alfa-Romeo 2300 não levava a marca FNM, para tentar afastá-lo da imagem negativa que ficou na série 2000/2150. Mesmo assim, o modelo sofreu com problemas de montagem e má qualidade de peças. Isso só foi resolvido em 1978, quando sua produção passou para a fábrica da Fiat, em Betim (MG).
Dois anos depois, em 1976, três novos caminhões foram fabricados, os Fiat 70, 130 e 190 E – este último era um caminhão FNM 180 com motor da empresa italiana. No mesmo ano, a fabricante passou a ser proprietária de 94% das ações da FNM, comprando a parte que era da Alfa-Romeo.
No ano seguinte, todos os caminhões eram vendidos com o nome da Fiat. Ainda em 1977, a razão social da FNM foi mudada para Fiat Diesel Brasil S.A.. Após diversos planos de expansão e exportação, as baixas vendas determinaram o fechamento da empresa em 1985. Em 1986, foi a vez do sedã 2300 sair de linha.
(Fonte: jornal Gazeta Mercantil - Caderno do Carro - 01.08.2001 - Ricardo Bock - Professor Fei-SP / garagem360 - msn - 14.03.2017 / Autocar - msn - 31.07.2018 - partes)
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